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Associações ambientais e de defesa dos animais exigem responsabilizações por matança na Azambuja

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A Confederação Portuguesa das Associação de Defesa do Ambiente (CPADA) e a Liga Portuguesa dos Direitos do Animal (LPDA) exigiram hoje a identificação e responsabilização dos responsáveis pela "execução brutal" de 540 animais na Azambuja.

A CPADA e a LPDA "repudiam veementemente a ação de abate massivo de veados e javalis na Herdade da Torre Bela" no passado fim de semana e pedem que quem autorizou ou não impediu a sua ocorrência seja também identificado.

As entidades dizem em comunicado conjunto "não aceitar o desrespeito descarado pelos direitos consignados na legislação, sem que sejam encontrados e responsabilizados os responsáveis por esta atrocidade".

De acordo com a CPADA e a LPDA Foram desflorestados mais de 600 hectares de floresta, no âmbito de um projeto de energias renováveis, que servia de habitat a extensas populações de animais, incluindo veados e javalis, que ficaram sem abrigo e pasto para se alimentarem.

A CPADA e a LPDA afirmam não compreender "que uma ação de destruição do coberto vegetal desta envergadura possa ocorrer em plena consulta pública que só termina a 20 de janeiro" e acrescentam que isso "arrasta consigo atos de vandalismo sobre as comunidades animais, quando não é acautelada a transferência das suas populações para outros locais apropriados".

"Não existem alternativas para percorrer o caminho da neutralidade carbónica, que possam garantir a preservação dos ecossistemas existentes, os direitos dos animais e o cumprimento da legislação nacional?", questionam no comunicado.

Na segunda-feira, o Instituto da Conservação da Natureza abriu um processo para averiguar junto da Zona de Caça Turística de Torre Bela, concessionada à Sociedade Agrícola da Quinta da Visitação, SAG, Lda., "os factos ocorridos e eventuais ilícitos" relacionados com estes abates.

O jornal 'online' O Fundamental divulgou no domingo que 540 animais, a maioria veados e javalis, foram abatidos numa montaria nos últimos dias.

O abate, segundo o jornal, será sido "publicitado" nas redes sociais "por alguns dos 16 'caçadores' que terão participado" na iniciativa.

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