Madeira

Emanuel Câmara: "Nunca vi um episódio tão degradante"

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O presidente do município do Porto Moniz lamentou o incidente na Assembleia Municipal desta tarde causado por um munícipe mais exaltado: “Nunca, em 27 anos de política, vi um episódio tão degradante como o de hoje” que reflecte, pelo menos na sua opinião, “o nervosismo de certas pessoas que apoiaram a candidatura de Miguel Albuquerque”, reagiu, comentando o facto de ter sido necessário a intervenção de dois agentes da Polícia de Segurança Pública da esquadra do porto Moniz.

Emanuel Câmara considera que “independente do estado de cada pessoa não permite que tenham este tipo de postura que em nada dignifica uma Assembleia Municipal”, até porque, sublinha o autarca socialista e candidato ao último mandato, “não tem razões para ter tido uma verbalização agressiva e ameaçadora como teve”.

A PSP foi chamada ao Centro de Ciência Viva onde decorreu a Assembleia Municipal para poder identificar alegadamente um autarca social-democrata justamente por se ter exaltado contra os membros da Mesa e também contra o presidente da Câmara Municipal. 

José Barroso reconhece que se exaltou, mas diz que somente confrontou o edil por este "não estar a ser correcto ou ter deturpado o assunto em discussão", ao que se apurou ligado à isenção da tarifa da água. 

Os ânimos terão aquecido de tal maneira que foi colocada a hipótese de interromper os trabalhos, mas de acordo com o parlamentar não terá chegado a esse ponto “porque saí da Assembleia”, altura, então, confirmou, "fui abordado pelos agentes para apresentar identificação".

“Fui identificado, mas também pedi a identificação do presidente da Assembleia e do presidente da Câmara”, afirmou ao nosso jornal. 

Entretanto o PSD do Porto Moniz já se demarcou do incidente recordando que “José Barroso não é deputado municipal”, mas um fervoroso militante social-democrata que habitualmente assiste às reuniões. 

Ambrósio Jardim, líder parlamentar do PSD-M na Assembleia local, considera “ridículo” o episódio afirmando que não se revê na postura nem nos modos como o assunto foi tratado num órgão em que o debate político deve manter uma linha de elevação por parte dos intervenientes.

Perante esta posição, Emanuel Câmara diz que "não podia ser de outra forma", enaltecendo o sentido democrático da bancada social-democrata ao votar favoravelmente ao "voto de protesto e de repúdio" apresentado pelo presidente da Assembleia, Lino Conceição.

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