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América vai a votos

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Os norte-americanos escolhem hoje o próximo Presidente dos Estados Unidos, numa altura em que mais de 80 milhões de eleitores já votaram antecipadamente e sem certezas de quando haverá um resultado final.

Depois de um dia intenso de comícios por parte dos dois principais candidatos eleitorais, o democrata Joe Biden e o republicano Donald Trump, atual presidente, espera-se hoje uma das mais baixas taxas de abstenção na história recente das eleições presidenciais dos Estados Unidos.

As autoridades estão preocupadas com a possibilidade de incidentes em algumas cidades, especialmente depois de grupos organizados de cidadãos terem anunciado manifestações de apelo ao voto ou operações de vigilância das mesas eleitorais, que podem ser confundidas com manobras de intimidação de eleitores.

As sondagens mais recentes dão uma confortável vitória a Joe Biden, com cerca de 10 pontos de vantagem no voto popular nacional, mas na análise aos resultados dos Estados considerados essenciais para determinar uma vitória (como é o caso da Pensilvânia, Florida, Wisconsin, Michigan e Texas) as diferenças de intenção de voto são mais próximas (em alguns casos caem na margem de erro) pelo que o desfecho é ainda imprevisível.

Além de Biden e Trump, na maioria dos Estados, aparecem ainda no boletim de voto os nomes de Jo Jorgensen, pelo Partido Libertário, e de Howie Hawkins, do Partido Verde, bem como um leque de candidatos de pequenas organizações cívicas, que apenas concorrem em alguns círculos.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

A Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) celebra os 250 anos do poeta britânico William Wordsworth com um congresso e uma exposição, no mesmo dia em que é publicado o diário de viagem a Portugal da filha do poeta.

O congresso sobre William Wordsworth (1770-1850) é organizado pela BNP com o Centro de Estudos Ingleses de Tradução e Anglo-Portugueses, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e vai contar com a participação de investigadores e tradutores da obra do escritor, como Daniel Jonas, Rogério Miguel Puga, Ana-Maria Chaves, Paula Alexandra Guimarães, Susana Margarida Rosa, Miguel Alarcão, Maria Zulmira Castanheira, que abordam o círculo do poeta e diferentes aspetos da sua expressão.

O congresso coincide com a chegada às livrarias do "Diário de uma Viagem a Portugal e ao Sul de Espanha", de Dorothy Wordsworth (1804-1847), editado pela Asa, um relato da sua visita ao país nos anos de 1845 a 1846, que não era retomado desde o século XIX.

Neste diário, a autora fala da paisagem, da gastronomia, irrita-se com as estradas, elogia autores como Camões e Gil Vicente, assim como as pessoas com quem se cruza, e reserva a crítica às elites.

DESPORTO

O FC Porto recebe os franceses do Marselha com o objetivo de somar o segundo triunfo consecutivo na Liga dos Campeões em futebol e reforçar o segundo lugar do Grupo C, em embate da terceira jornada.

Os comandados de Sérgio Conceição saltaram para o segundo lugar com um triunfo caseiro por 2-0 face ao Olympiacos, podendo agora afastar-se do conjunto de Pedro Martins caso derrotem o 'onze' de André Villas-Boas e contem com a ajuda do Manchester City, líder 100% vitorioso, que recebe os gregos.

Os 'dragões' chegam a este encontro depois da segunda derrota em seis jornadas na I Liga portuguesa, no terreno do Paços de Ferreira (2-3), para o pior arranque na prova em quase 30 anos.

O embate entre FC Porto e Marselha está marcado para as 20:00, no Estádio do Dragão, no Porto, e vai ser arbitrado pelo espanhol Antonio Mateu Lahoz.

ECONOMIA

As centrais sindicais, UGT e CGTP, assim como a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) são recebidas pelo Presidente da República para debater a situação da pandemia e o eventual estado de emergência.

Marcelo Rebelo de Sousa recebeu na segunda-feira o primeiro-ministro, António Costa, e os partidos.

No sábado, António Costa anunciou ter pedido uma audiência ao Presidente da República para lhe transmitir a posição do Governo sobre uma eventual declaração de estado de emergência aplicável aos concelhos com mais de 240 infetados com o novo coronavírus por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

Na reunião de sábado o Governo decidiu, ao abrigo da Lei de Bases da Proteção Civil, renovar a situação de calamidade em todo o território continental até às 23:59 de 15 de novembro, e aplicar medidas especiais em 121 concelhos que têm mais de 240 casos de infeção por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, incluindo um "dever de permanência no domicílio", teletrabalho obrigatório, e encerramento do comércio até às 22:00 e dos restaurantes até às 22:30.

O estado de emergência vigorou em Portugal no início desta pandemia, entre 19 de março e 02 de maio.

LUSOFONIA, ÁFRICA E COMUNIDADES

Candidatos da oposição nas eleições presidenciais na Guiné-Conacri, de 18 de outubro, apelaram ao reinício das manifestações contra o Presidente, Alpha Condé, quando quatro opositores derrotados contestaram os resultados eleitorais junto do Tribunal Constitucional.

O segundo candidato mais votado, Cellou Dalein Diallo, afirma que as manifestações pretendem "denunciar o bloqueio eleitoral" e "exigir o reconhecimento" da sua "vitória".

Cellou Dalein Diallo, que obteve 33,5% dos votos nas eleições de 18 de outubro, segundo os resultados provisórios anunciados pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (Ceni), contra 59,5% do Presidente em funções, Alpha Condé, diz ter "provas irrefutáveis" de que o escrutínio foi manchado por "irregularidades".

Diallo declarou a sua vitória em 19 de outubro, um dia depois das eleições e antes do anúncio provisório dos resultados pela Ceni, defendendo que tinha conquistado 52% dos votos.

Segundo uma fonte do Tribunal Constitucional guineense, também citada pela AFP, Ousmane Kaba (1,19% dos votos), Ibrahima Abé Sylla (1,55%) e Makalé Traoré (2,72%) foram os três outros candidatos, entre os 12 que participaram nas eleições, que apresentaram recurso junto do mais alto tribunal da Guiné-Conacri.

União Europeia, França e Estados Unidos da América questionaram a credibilidade do resultado anunciado pelo Ceni.

De acordo com o Governo, a violência pós-eleitoral provocou 21 mortes, incluindo membros das forças de segurança. Por outro lado, a oposição denuncia uma "repressão sangrenta" que resultou em "mais de 30" mortes, segundo Diallo.

PAÍS

Uma professora de Vagos que matou um filho recém-nascido na casa de banho da escola onde dava aulas começa a ser julgada, no Tribunal de Aveiro, pela terceira vez.

A repetição do julgamento foi ordenada pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que anulou a anterior condenação da arguida por entender que os tribunais não apuraram se os factos poderiam enquadrar-se no crime de infanticídio, que prevê uma pena até cinco anos de prisão.

Da primeira vez, em 2014, a mulher foi condenada no Tribunal de Vagos a 13 anos e meio de prisão por um crime de homicídio qualificado e um crime de profanação de cadáver.

Após recurso da defesa, o STJ mandou repetir o julgamento para clarificar a motivação, o estado emocional durante a gravidez e o parto, e eventuais fatores que possam ter levado a arguida a cometer o crime.

No segundo julgamento realizado em 2017, agora no Tribunal de Aveiro, a mulher, que se encontra em liberdade com termo de identidade e residência, viu ser-lhe aplicada a pena imposta no primeiro julgamento.

Em 2018, após novo recurso da defesa, o Tribunal da Relação do Porto reduziu para nove anos e meio de prisão a pena aplicada à arguida, passando o crime de homicídio qualificado, a que tinha sido condenada, a homicídio simples.

SOCIEDADE

O Encontro Ciência 2020, marcado pela pandemia da covid-19, que levou a alterações no "figurino" da iniciativa, começa em Lisboa e durante dois dias vai debater o papel da ciência na recuperação de Portugal e da Europa.

A iniciativa, organizada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, decorre até quarta-feira no Centro de Congressos de Lisboa, depois de ter sido adiada por cinco meses devido à pandemia, que obriga, por causa do distanciamento necessário, a que grande parte das sessões se realize via internet, em paralelo com sessões presenciais.

O debate vai estar focado nas formas como a ciência em Portugal pode garantir a recuperação do país e da Europa de maneira "mais resiliente, mais social, mais digital, mais verde e mais global", segundo a organização.

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