Chega critica sete ajustes diretos celebrados entre Carina Ferro e a Câmara de Santa Cruz
O Chega, através de comunicado, denunciou a assinatura de sete contratos programa entre Carina Ferro e a Câmara Municipal de Santa Cruz, entre 2019 e 2025, num montante global superior a 122 mil euros. "Sempre os mesmos contratos, sempre para a mesma adjudicatária, sempre pagos com o dinheiro dos contribuintes", indica Miguel Castro.
O partido quer repudir "forma clara e frontal, as declarações proferidas pela comentadora política da RTP Madeira, Carina Ferro, dirigidas ao nosso candidato à Câmara Municipal do Funchal". O Chega fala em "ataque, tendencioso e carregado de má-fé", considerando que o mesmo teve um "teor insultuoso", mas que também se reveste de "total falta de moral de quem o profere".
É nesse sentido que 'aponta o dedo' às "consultorias sucessivas, sem transparência nos resultados para o Município, um padrão que revela um ciclo fechado de compadrio político e favorecimento público". "Não bastasse, Carina Ferro integrou durante anos a Comissão para a Dissuasão da Toxicodependência (CDT) da Região Autónoma da Madeira, cargo remunerado com dinheiros públicos, supostamente para ajudar a travar um flagelo que não só não diminuiu como se agravou na Região", acusa o Chega.
"Hoje, com o problema da toxicodependência em crescendo, a ex-deputada do PS apresenta-se como comentadora isenta, mas carrega consigo o peso de um histórico político falhado e cúmplice de um sistema que não serviu a Madeira", atira o partido.
"Com esta bagagem, Carina Ferro atreve-se a vir a público, num canal pago pelo povo madeirense, atacar o candidato do CHEGA ao Funchal — insinuando que não se podem utilizar ajustes diretos para responder à crise da habitação. Falso. A lei portuguesa é claríssima: ao abrigo do Regime Jurídico das Autarquias Locais (Lei n.º 75/2013) e do Decreto-Lei n.º 105/2018, os municípios podem recorrer a ajustes diretos para promover habitação acessível, reabilitar património urbano e desenvolver programas habitacionais de resposta urgente. O problema é que quem só conhece ajustes diretos para encher os próprios bolsos não faz ideia de como usá-los para servir a população", afiança o Chega.
Esta é a verdadeira hipocrisia do sistema instalado: os mesmos rostos, reciclados entre partidos, que em vez de servir a população, servem-se dela. São comentadores travestidos de independentes que passam anos a beneficiar do dinheiro público e depois usam a televisão para atacar quem ameaça o seu círculo de privilégios. Miguel Castro
O líder regional do Chega garante que, com o seu partido, "os favores e as negociatas acabam. A Madeira precisa de gente séria, não de carreiras políticas feitas à sombra de ajustes diretos e tachos de conveniência".
Já Luís Santos, candidato à Câmara Municipal do Funchal pelo CH, diz que "chega de moralistas de televisão que fazem parte do esquema que arruinou a nossa terra e que querem denegrir a candidatura do Chega a todo o custo". Não temos medo de enfrentar este polvo de interesses — e é exatamente por isso que nos atacam. Porque nós não somos deles. Somos do povo, pela Madeira, com coragem, ética e verdade", aponta Luís Santos.
O Chega termina o comunicado reafirmando o "compromisso com a verdade, com o combate ao compadrio e à falta de ética política", e "não aceitará que quem fez parte do sistema use o espaço público para atacar, de forma covarde e desinformada, aqueles que têm a coragem de o enfrentar".