Corpos que falam
O Centro Cultural e de Congressos do Porto Santo transformou-se num palco de encontro íntimo na tarde desta sexta-feira, 3 de Outubro, com o espectáculo ‘PULSAR’.
A criação de Marco Santos abriu oficialmente a quarta edição da Festa da Escola da Vila, reunindo em palco utentes do CACI e da Universidade Sénior do Porto Santo.
Sem voz, mas com muito sentimento, a apresentação pode ser caracterizada como um encontro de sensibilidades diversas, numa linguagem artística que mistura a dança, a música e o teatro.
O silêncio e os gestos, às vezes apenas sutis, transportam forte carga emocional acompanhados por uma seleção de música envolvente.
A edição de 2025 da Festa da Escola da Vila, uma iniciativa promovida pela Porta 33 – Associação Quebra Costas Centro de Arte Contemporânea, arranca esta sexta-feira, 3 de Outubro, no Centro Cultural e de Congressos do Porto Santo, com dois espectáculos de entrada gratuita que celebram a diversidade, o talento local e a criação artística colaborativa.
A programação teve início às 18 horas com o espectáculo ‘PULSAR’, uma criação do músico e performer Marco Santos, que reúne em palco utentes da Universidade Sénior do Porto Santo e do Centro de Actividades e Capacitação para a Inclusão local.
Descrito como “um encontro de corpos, espaços e tempos”, ‘PULSAR’ é uma performance multidisciplinar onde a música, a dança e o teatro se fundem num só instrumento, o corpo. Num ambiente imersivo e sensorial, o espectáculo propõe uma reflexão sobre a condição insular e a relação entre o corpo, o território e a comunidade.
Marco Santos, fundador da United Art Movement e da Pulsar – Companhia do Corpo, continua a sua missão de usar a arte como ponte entre gerações e realidades distintas, afirmando o corpo como lugar de inclusão, diálogo e criação.
A noite prossegue com o aguardado concerto da já habitual Cristina Clara, às 21h30, acompanhada pelos Coros Infanto-Juvenil da Junta de Freguesia do Porto Santo e da Universidade Sénior, sob direcção de Nazaré Cunha e Margarida Galvão.
A artista minhota, que lançou o seu disco de estreia ‘Lua Adversa’ em 2021, revisita temas tradicionais e composições originais num espectáculo intimista e colaborativo, com arranjos que cruzam fado, choro brasileiro e música popular portuguesa. A acompanhar estarão os músicos Pedro Loch, na guitarra clássica, Edu Miranda, no bandolim, e Rolando Semedo, no baixo.