DNOTICIAS.PT
Madeira

“Com esta obra, iluminam a História, a Cultura e o Conhecimento”

Ireneu Barreto na apresentação do livro ‘Presos Políticos do Estado Novo na Madeira’

None
Foto Miguel Espada/ASPRESS

“Em boa hora” Élvio Passos e João Lizardo “empreenderam este encontro com a História da Madeira, trazendo ao conhecimento de todos acontecimentos e protagonistas desconhecidos e uma época muitas vezes desvalorizada nos seus contornos e precisão”. Foi desta forma que o Representante da República para a Madeira começou a intervenção sobre a apresentação da obra ‘Presos Políticos do Estado Novo na Madeira’, esta tarde apresentada no Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Madeira.

Ireneu Cabral Barreto felicitou os co-autores “pela ideia e pelo empenho e resultado do seu trabalho, que foi profundo, exigente, demorado e académico, na consulta de fontes primárias, na recolha de testemunhos e da verdade”, reconheceu.

Conclui por isso que “com esta obra, iluminam a História, a Cultura, o Conhecimento de um período que marcou aqueles que o viveram e que, inevitavelmente, marcará aqueles que, não os tendo presenciado, têm e devem ter consciência de que a ameaça permanece, com os sinais que no nosso mundo complexo se vão sucedendo”, apontou.

O Juiz Conselheiro congratulou também o DIÁRIO de Notícias da Madeira pela publicação deste volume, “contribuindo decisivamente para a sua divulgação e evidenciando uma aposta na seriedade da investigação e de trazer ao nosso convívio o passado recente da nossa Região”, disse.

O representante da República para a Madeira sublinhou ainda estar agradecido por ter escrito o preâmbulo da obra literária que elucida relevante período da história da Madeira.

“Sinto-me, pois, muito grato pelo privilégio de ter prefaciado esta obra, que considero ter ocupado um vazio e reflectir uma preocupação que todos devemos assumir. Prefaciar o trabalho destes autores e os testemunhos que nele contidos foi para mim uma honra.

A realização do Prefácio deu-me também o egoístico prazer da oportunidade de citar e lembrar aspectos da clarividência do meu pai na sua intervenção enquanto deputado da Assembleia Regional”, recordou.

Terminou fazendo apelo aos autores deste livro “para que continuem a preocupar-se com este período conturbado da vida da Região e nos venham a brindar com outros excelentes trabalhos”.

Fez ainda questão de “lançar um repto à Academia para que a época das Revoltas dos anos trinta do século passado sejam estudadas, nas suas causas e nos seus objectivos, nos seus contextos e fundamentos, evitando-se interpretações superficiais e muitas vezes desviantes, pois, como bem sabem, o passado, sem este cuidado, tende a ser imprevisível”, concluiu.