DNOTICIAS.PT
Madeira

Chega critica “falta de compromisso com a Madeira”

Francisco Gomes avisa Montenegro que Região tem “uma voz na República”,

None

Francisco Gomes, deputado do Chega na Assembleia da República, criticou hoje Luís Montenegro, acusando o seu governo de "falta de compromisso com a Madeira" e de ter "uma relação difícil com as autonomias atlânticas". A troca de argumentos teve lugar esta tarde, no parlamento nacional, durante o debate de preparação do Conselho Europeu, no qual também esteve presente Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros, com a pasta dos assuntos europeus. 

O parlamentar madeirense do Chega abordou o conceito de Autonomia Estratégica Aberta, que tem ganho ênfase na política europeia após a guerra na Ucrânia e no qual está integrado o acordo económico entre a União Europeia e os países sul americanos do Mercosul. O Mercosul é uma organização intergovernamental criada em 1991 e que assume a forma de um bloco económico, reunindo países como o Brasil, Argentina Uruguai e Paraguai. 

Sublinhando o facto de "o acordo com o Mercosul ter como principal porta de entrada a plataforma continental portuguesa", Francisco Gomes notou que "a mesma era a mais rica do mundo em metais raros e também a maior do mundo, muito por conta do contributo dado pela localização geográfica estratégica da Madeira".

A partir daí, o deputado madeirense teceu duras críticas pela postura do governo da Aliança Democrática quanto à autonomia, apontado para o programa de Governo que foi discutido e votado na manhã do mesmo dia.

“Está tornado claro que este Governo tem uma relação muito difícil com a questão da autonomia e a prova cabal disso é mesmo o seu programa de governo, que faz três referências à autonomia em cento e oitenta e cinco páginas", apontou.

Posteriormente, Francisco Gomes indicou que Paulo Rangel “não fez nada pela plataforma continental, quando era eurodeputado” e perguntou a Luís Montenegro se o novo governo da Aliança Democrática “vai afinar pelo mesmo diapasão, como se Portugal fosse apenas continental e não tivesse regiões atlânticas”.

A concluir, o deputado madeirense reforçou que “Portugal não acaba na parcela continental da República" e que "os madeirenses não vão aceitar que nada se faça, porque, agora, a Madeira tem voz neste parlamento”.