Uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas em ataques aéreos israelitas no leste do Líbano, um reduto da milícia xiita Hezbollah, segundo uma fonte de segurança libanesa.

"Aviões de guerra israelitas atacaram um veículo na região de Souairi, na planície de Bekaa, matando o seu motorista sírio", disse à agência France-Presse (AFP) a fonte de segurança, que pediu anonimato.

A Agência Nacional de Notícias (ANI) confirmou que um homem sírio morreu após ficar gravemente ferido num ataque em Souairi, acrescentando que a vítima estava a entregar alimentos e que o carro pertencia ao dono de um supermercado.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro, o movimento islâmico libanês Hezbollah tem trocado tiros diários com Israel na fronteira israelo-libanesa, em apoio ao aliado palestiniano na Faixa de Gaza.

Ao longo de várias semanas, Israel tem lançado ataques aéreos contra posições do Hezbollah, acentuando as ameaças de guerra aberta.

Na noite de sábado para domingo, foram lançados cinco ataques contra um centro do Hezbollah na zona de Baalbeck, ferindo quatro pessoas que viviam no bairro, indicou ainda a fonte de segurança.

Em resposta, o movimento pró-iraniano disse ter lançado "mais de 60 foguetes" contra uma base e quartel israelitas que servem como "quartel-general do comando de defesa aérea" no Golã sírio ocupado por Israel.

O Exército israelita confirmou, em comunicado, que durante a madrugada, caças das Forças de Defesa de Israel atacaram uma instalação de fabrico de armas do Hezbollah na área de Baalbek e diz ter identificado "cerca de 50 tiros" vindos do Líbano "em direção ao norte de Israel" e contra-atacado, não tendo sido relatados vítimas ou danos.

Pelo menos 324 pessoas morreram no Líbano, desde o início da guerra na Faixa de Gaza, a maioria delas combatentes do Hezbollah e mais de 55 civis, segundo um balanço feito pela AFP.

O conflito também levou milhares de pessoas a deslocarem-se para o sul do Líbano, um cenário idêntico no norte de Israel onde, segundo o exército, dez soldados e sete civis foram mortos.