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Blinken vai pressionar pela libertação de reféns na viagem ao Médio Oriente

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Foto AFP

O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, irá pressionar pela libertação dos reféns em troca de uma pausa na ofensiva israelita em Gaza, durante a próxima viagem ao Médio Oriente, adiantou hoje o Departamento de Estado.

Blinken deve voar no domingo e visitar o Qatar e o Egito, que atuam como mediadores, bem como Israel, a Cisjordânia e Arábia Saudita, referiu a diplomacia norte-americana.

O secretário de Estado "continuará os esforços diplomáticos para chegar a um acordo que garanta a libertação de todos os reféns restantes e inclua uma pausa humanitária para fornecer assistência humanitária sustentada e aumentada aos civis em Gaza", realçou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

Esta será a quinta viagem do chefe da diplomacia norte-americana ao Médio Oriente desde o início do conflito entre o Hamas e Israel.

Representantes do Qatar, Egito, Israel e dos Estados Unidos reuniram-se em Paris, no domingo, para discutir uma proposta de acordo de trégua na guerra de Gaza.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdelrahmane Al-Thani, falou de "progressos assinaláveis" na reunião em Paris.

No mesmo dia, Blinken falou em Washington de uma "esperança real" de uma possível libertação em breve dos reféns ainda detidos pelo Hamas na Faixa de Gaza.

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns, 132 dos quais permanecem em cativeiro, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 119.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 27.000 mortos, 67.000 feridos e 8.000 desaparecidos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e quase dois milhões de deslocados (mais de 85% dos habitantes), mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com toda a população afetada por níveis graves de fome que já começou a fazer vítimas, segundo a ONU.