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ONU distribuiu ajuda humanitária a 2,7 milhões de venezuelanos em 2023

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A ONU distribuiu ajuda a humanitária a 2,7 milhões de pessoas em 2023, de acordo com dados divulgados pelo Escritório de Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA, sigla em inglês).

"Em 2023, a resposta humanitária chegou a 2,7 milhões de pessoas (51% de mulheres e meninas) em 315 [dos 335] municípios de todos os estados do país. Isto representa 52% da população-alvo", explicou a OCHA-Venezuela em um comunicado.

O documento precisou que o número de organizações que registaram atividades em 2023, na distribuição de ajuda humanitária, "aumentou para 158, em comparação com as 149 em 2022", das quais "107 são nacionais [venezuelanas], o que representa 68% do total".

"Os setores que serviram o maior número de pessoas foram: Saúde (2,1 milhões); Segurança Alimentar e Meios de Subsistência (900.000); e Água, Saneamento e Higiene (773.000)", acrescentou.

Nesse sentido, 667.000 meninos, meninas e adolescentes foram beneficiados "por intervenções para acesso a refeições escolares equilibradas com padrões de higiene e familiares que receberam assistência alimentar em instituições de ensino".

"Na resposta intersetorial, 361.000 pessoas foram abrangidas por intervenções centradas na reparação e reabilitação de sistemas de água, saneamento e higiene em instalações de saúde. Além disso, 73.000 pessoas participaram em atividades de cuidados de saúde mental e de apoio psicossocial", sublinhou a OCHA-Venezuela.

De acordo com a imprensa local, em 2022, 2,8 milhões de venezuelanos beneficiaram de ajuda alimentar da ONU.

Segundo a Plataforma de Coordenação Interagências para Refugiados e Mirantes da Venezuela (R4V), nos últimos anos mais de 7,7 milhões de venezuelanos abandonaram o país, fugindo da crise política, económica e social.

Mais de 6,5 milhões de venezuelanos optaram por fixar residência em países da América Latina e Caraíbas.

A Colômbia, com 2,9 milhões, é o país com mais migrantes venezuelanos, seguindo-se o Peru com 1,5 milhões, os EUA com 545.200, o Brasil com 510.500, o Equador com 474.900, o Chile com 444.400 e a Argentina com 217.700.

Na Europa, de acordo com a R4V, a Espanha é o país que acolheu mais venezuelanos, com 477.400 em janeiro de 2022.

Por outro lado, Portugal acolhia, em julho de 2020, 27.700 cidadãos originários da Venezuela, acrescentou a R4V.