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Unidos pelos Madeirenses

Que estabilidade e que credibilidade teria um governo novo saído da mesma maioria?

Por que temem Miguel Albuquerque e o PPD/PSD as eleições? A resposta é simples: porque têm medo do veredicto dos madeirenses. Perderam a confiança dos madeirenses e dos porto-santenses, deixaram de ter condições para continuar à frente dos destinos da Região.

Afirmo desde já a todos os nossos concidadãos, à administração pública regional, aos trabalhadores, aos empresários e empreendedores, que tanto fazem pela nossa terra: tenham confiança e esperança no futuro. A Madeira necessita de uma mudança política, uma mudança de governo, para romper com os vícios, os favorecimentos e os conluios de determinados interesses do PPD/PSD.

Mas a Madeira é muito mais que isso. Temos orgulhosamente 600 anos de história, temos Autonomia, e teremos um enorme futuro, com uma economia robusta, com crescimento económico, com criação de emprego e melhores salários. Um novo modelo económico que prepare a Madeira para os desafios do presente e do futuro. Que possibilite fixar os jovens e as famílias nas suas terras. Que traga oportunidades e qualificações.

Que estabilidade e que credibilidade teria um governo novo saído da mesma maioria? Nenhuma. Seria o mesmo governo, a fingir-se de “cara lavada”. Pior do que isso, seria um governo frágil, sem nenhuma legitimidade ou estabilidade.

As eleições antecipadas são a única saída para esta crise.

É inevitável e incontornável. O único caminho é devolver a voz ao povo, para que possa ser ele a escolher o próximo governo da Região. Deixar essa escolha nas mãos do PPD/PSD é ferir de morte a democracia e a confiança nas instituições. É desrespeitar a vontade da esmagadora maioria dos madeirenses, da maioria dos partidos.

Numa altura em que se assinalam cinco décadas do 25 de Abril, é este o exemplo que queremos dar às próximas gerações? É assim que vamos honrar e recordar todos aqueles que tanto lutaram pelo direito do povo a escolher o seu futuro?

Haja coerência.

Não pode haver dois pesos e duas medidas.

Os madeirenses e os porto-santenses não são portugueses de segunda, nem podem ser tratados como tal. Se na República devolveram a voz ao povo, porque motivo não o fazem também na Região Autónoma da Madeira?

Temos o ainda Presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, arguido por suspeitas de corrupção. Temos Pedro Calado, antigo vice-Presidente do Governo Regional, até há pouco tempo Presidente da Câmara Municipal do Funchal, detido para interrogatório. Temos outros Secretários Regionais e Autarcas no rol de suspeitos neste mega processo de corrupção. Temos a Madeira a abrir diariamente noticiários pelas piores razões.

Vamos confiar o futuro da Região a um partido tão desnorteado como “um carro desgovernado, sem travões e a descer uma ladeira”, como dizia, há dias, um histórico social-democrata, falando do seu próprio partido?

Renovo o apelo ao Presidente da República e ao Representante da República.

Não permitam que se afunde ainda mais a nossa Região, atirando-a para uma situação de instabilidade crónica e irremediável.

Aos madeirenses e porto-santenses, peço que não baixem os braços e que continuem a lutar contra a atitude prepotente e antidemocrática da cúpula do PPD/PSD.

Aos partidos que não compactuam com o que se passa na Madeira, exige-se, mais do que nunca, firmeza e determinação. Na união e no diálogo, reside a força de todos aqueles que não são cúmplices de um regime que não serve a Madeira.

É isso que os madeirenses e os porto-santenses esperam de nós, que sejamos uma frente unida e coesa na defesa da Autonomia e dos interesses do povo, rumo a um futuro de estabilidade, confiança e desenvolvimento. Um futuro que nos devolva a todos o orgulho de sermos quem somos: um povo resiliente e com fibra.