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Madeira

45% dos que procuraram casa para comprar no Funchal são estrangeiros

E no segmento do arrendamento representam 37% dos interessados

Foto Shutterstock
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De acordo com o mais recente estudo do Idealista, 45% dos que procuraram casa para comprar no Funchal no último trimestre de 2023 eram estrangeiros, além de que no mercado do arrendamento, 37% dos interessados em alugar casa também eram estrangeiros. Estas percentagens, apesar da diminuição trimestral e homóloga são as mais altas das 20 capitais de distrito/regiões autónomas de Portugal.

De acordo com aquele portal online, "os últimos meses foram marcados por mudanças profundas nos incentivos fiscais destinados aos cidadãos estrangeiros em Portugal: os vistos gold para investimento imobiliário terminaram em Outubro e o regime para Residentes Não Habituais (RNH), nos antigos termos, acabou em 2024", recorda. Assim, "o fim anunciado destes benefícios fiscais coincide com um arrefecimento na procura internacional de casas à venda no final de 2023, sobretudo pelos norte-americanos", realça o Idealista. E acrescenta: "E, no mesmo período, também se observou uma diminuição do interesse estrangeiro em arrendar casa em Portugal, tal como sugerem os dados do idealista/data. Mas, apesar desta menor atração, os estrangeiros continuam a representar mais de 22% do total da procura de casas para comprar e arrendar no nosso país."

Claramente, portanto, o Funchal está bem acima da média nacional. Mas, vamos por partes.

"A procura de estrangeiros passou a pesar 23,1% sobre o total no último trimestre de 2023, contra os 24,3% registados no trimestre anterior (-1,2 pontos percentuais)", frisa no que toca à compra de casa, embora no Funchal tenha aumentado 1%, uma das três cidades a crescer a par de Portalegre (+1,1%) e Castelo Branco (+0,9%). "Em termos homólogos, observou-se uma diminuição do interesse em 11 grandes cidades", incluindo o Funchal com -1,7%, a sétima maior quebra em 20 cidades.

Já nas casas para arrendar, "o peso da procura de estrangeiros terminou o ano a representar 22,2% do total, o menor valor desde meados de 2021", com a capital madeirense acima do dobro desse percentual. "Esta percentagem é, portanto, inferior à registada no trimestre anterior (23,6%), bem como no período homólogo (29,7%). De notar ainda que a procura de estrangeiros no mercado de arrendamento caiu em todas as capitais de distrito em termos homólogos", reforça o Idealista, sendo que no Funchal baixou 4,4% em termos homólogos (a 7.ª menos intensa) e caiu 1,2% em termos trimestrais (a 12.ª queda mais intensa).

O Idealista resume: "O que também salta à vista é que, no final de 2023, houve quatro cidades onde, pelo menos, três em cada 10 pessoas que procuraram casas para comprar eram estrangeiros. Foi o caso do Funchal (45,3%), Ponta Delgada (40,1%), Faro (32,7%) e Viana do Castelo (31,1%). Évora, Coimbra e Beja foram as cidades menos pesquisadas pelas famílias que residem fora do país.(...) Foi mesmo o Funchal, Bragança e Viana do Castelo que mais atraíram as famílias estrangeiras para arrendar uma habitação no final do ano passado. E Évora, Santarém e Portalegre foram as que despertaram menos interesse a estes agregados."