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Nave lunar japonesa Slim reativada após duas semanas de paragem forçada

Foto DR/XTwitter
Foto DR/XTwitter

A sonda japonesa Slim, que se encontra na Lua desde o final de janeiro, foi reativada após ter sobrevivido a duas semanas de rigorosa noite lunar, anunciou hoje a agência espacial japonesa Jaxa.

"Ontem à noite, foi enviado um comando à Slim e foi recebida uma resposta, confirmando que a nave espacial sobreviveu à noite lunar e conservou a capacidade de comunicação", declarou a Jaxa na rede social X.

As comunicações foram "interrompidas pouco depois, uma vez que ainda era meio-dia lunar e a temperatura do equipamento de comunicações era muito elevada", disse a Jaxa.

"Os preparativos estão em curso para retomar as operações assim que as temperaturas dos instrumentos arrefecerem o suficiente", acrescentou a agência espacial.

Em 20 de janeiro, o módulo Slim (Smart Lander for Investigating Moon) pousou a 55 metros do alvo inicial, um grau de precisão muito elevado, tornando o Japão no quinto país a aterrar com sucesso na Lua, depois de os Estados Unidos, URSS, China e Índia.

No entanto, devido a um problema no motor nas últimas dezenas de metros da descida, o Slim aterrou de forma inclinada e as células fotovoltaicas viradas para oeste ficaram sem receber luz solar.

A Slim aterrou numa pequena cratera com menos de 300 metros de diâmetro, chamada Shioli. Antes de ser desligada, a nave pôde descarregar os dois mini-rovers, que deveriam efetuar análises de rochas da estrutura interna da Lua (o manto lunar), ainda pouco conhecida.

Mais de 50 anos depois de os humanos terem pisado a Lua pela primeira vez - os Estados Unidos, em 1969 -, esta voltou a ser o centro de uma corrida mundial.

Além dos EUA e da China, também a Rússia sonha em reviver a glória espacial da ex-URSS, nomeadamente juntando forças com a China e a Índia, que conseguiu realizar a primeira alunagem no verão passado.

As duas primeiras tentativas do Japão de pousar na Lua fracassaram. Em 2022, uma sonda Jaxa, Omotenashi, a bordo da missão norte-americana Artemis 1, sofreu uma falha fatal da bateria pouco depois de ser lançada no espaço.

Em abril, um módulo da jovem empresa privada japonesa ispace despenhou-se na superfície da Lua, depois de ter falhado a fase de descida.