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Madeira

Quatro pessoas morreram no mar do Norte no ano passado ao tentarem captar uma fotografia

Estação Salva-Vidas do Porto Moniz registou um total de 18 pessoas que caíram ou foram arrastadas pelo mar

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Foto Elói Teixeira

No ano passado, a Estação Salva-Vidas do Porto Moniz registou quatro óbitos relacionados com o facto de terem ignorado cartazes, fitas de perigo e conselhos para captar fotografias, revela o SANAS Madeira através de um comunicado de imprensa. 

A Estação Salva-Vidas do Porto Moniz registou igualmente um total de 18 pessoas que caíram ou foram arrastadas pelo mar. 

Houve um total de 18 sobreviventes, sendo que "8 foram resgatadas pela embarcação salva-vidas afecta à Estação, o Atlântico 1. As restantes 6 saíram pelos seus próprios meios ou foram auxiliadas por populares para o regresso a terra, mobilizando-se a embarcação para garantir o encerramento da ocorrência". 

De registar ainda três vítimas que foram arrastadas ao mesmo tempo e recolhidas pela embarcação salva-vidas. 

Dois populares arriscaram a vida para garantir a segurança de outra pessoa, aguardando ao largo, agarrados a uma boia circular, o resgate por parte da embarcação salva-vidas. 

Os locais se verificou mais ocorrências foram na Piscina Natural do Seixal; Ribeira da Lage; Cais do Seixal e Cais de São Jorge.

Quanto às nacionalidades das vítimas, de destacar a "espanhola, inglesa, lituana, alemã, polaca, americana e portuguesa". 

De acordo com o comandante Operacional, Ângelo Abreu, foi com "séria preocupação" que acompanharam "a exposição voluntária de cidadãos, maioritariamente estrangeiros, a riscos junto da orla costeira em dias com alertas de agitação marítima em vigor".

A causa para estas ocorrências, pelas palavras das próprias vítimas ou pelas dos acompanhantes quando o desfecho é fatal, já se tornou repetitiva: uma fotografia”. Ângelo Abreu

E acrescenta: "Estamos, internamente e com outras entidades, a estudar opções para se diminuir o número de ocorrências deste género. O facto dos cidadãos ignorarem avisos e fitas sinalizadoras acaba criando um desafio acrescido mas estão a ser ponderadas diversas actuações para se reduzir ou mesmo extinguir este tipo de fatalidades na Região Autónoma da Madeira".