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Presidente argentino demite dois altos funcionários ligados a governadores considerados "traidores"

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O Presidente da Argentina, Javier Milei, pediu hoje a renúncia de dois altos funcionários ligados a governadores provinciais que considerou "traidores", após o fracasso parlamentar da chamada "lei omnibus" , anunciaram fontes oficiais.

Conforme publicado na página oficial da Presidência da República Argentina, o libertário solicitou a renúncia do chefe da Administração Nacional da Segurança Social (ANSES), Osvaldo Giordano, e da secretária de Minas, Flavia Royon.

Embora a nota não explique os motivos da destituição, sugere que está relacionado o confronto aberto entre o Presidente e os governadores, no âmbito da discussão na Câmara dos Deputados das Bases Jurídicas e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, mais conhecida como "lei omnibus", o pacote com o qual planeava realizar uma reforma liberal no país.

O comunicado refere que os funcionários públicos devem defender os argentinos "do ataque constante daqueles que procuram manter os seus privilégios às custas da fome do povo".

Também hoje, o Gabinete Anticorrupção daquele país sul-americano informou que Javier Milei declarou bens, em 2023, no valor de 54,7 milhões de pesos argentinos (quase 60.000 euros, à taxa de câmbio atual).

O libertário, que assumiu o cargo de chefe de Estado em 10 de dezembro, informou que o seu património consiste num apartamento de 100 metros quadrados na cidade de Buenos Aires, avaliado em 6,6 milhões de pesos.

Milei declarou ainda dois veículos usados: um caminhão Mercedes Benz Sprinter, modelo de 2015, que entrou no seu património em 2019 e avaliado em 2,4 milhões de pesos, e um Peugeot Rcz Coupé, de 2013, adquirido naquele ano, avaliado em 3,6 milhões de pesos.

Por fim, reportou depósitos bancários de 11,5 milhões de pesos e de 23,9 milhões de pesos em moeda estrangeira, poupanças em dinheiro de 280.000 pesos e 3,5 milhões de pesos em moeda estrangeira.