É a triste realidade

No DN de 29 de dezembro de 2023, em opinião página 6, com o título: “Monumental ilusão”, do Sr. Juvenal Rodrigues, estando em destaque: “A riqueza de um país não faz sentido se o povo continua a viver na miséria”.

Infelizmente, é a constatação da nossa triste realidade; sendo os maiores responsáveis: os usurpadores em políticas erradas; os não cumpridores dos prazos dos pagamentos das suas dívidas: os açambarcadores de grandes quantidades de produtos e de mercadorias, para elevar os seus preços; os magnatas insensíveis às necessidades primárias dos seus trabalhadores. São os motivos para que haja tanta pobreza e miséria, na nossa sociedade humana.

No dia 31 do mesmo mês e ano, na página 33, em Agricultando, com título: “Agricultura e Turismo”, do ilustre Sr. Eng. Joaquim Leça”, principiando em caracteres negrito: “Apostar primeiro na produção agrícola local”.

Estou plenamente de acordo com todo o texto, visto as ilhas do Porto Santo e da Madeira, terem bons terrenos de cultivo para a produção de boa qualidade.

Nos anos 60 do século XX, era um regalo saborear os produtos da nossa terra: a fruta de várias espécies e de boa qualidade; a batata, a semilha e o inhame de bom sabor; o trigo, centeio e o milho, cuja forragem era aproveitada para alimentar o gado vacum, cujo leite era vendido para a indústria de lacticínios da Madeira, que já a muitos anos está inactiva.

Presentemente, há milhares de hectares de terrenos abandonados, que causam auto-

combustão, além dos fogos postos pelos seres humanos. Há que ser aproveitado as boas terras incultas, para produzir os bens alimentares, para o consumo local e, também, para a sua exportação, como era feito nesses anos até ao 25 de Abril de 1974.

José Fagundes