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Madeira

Alberto João Jardim apresenta soluções para por fim ao confronto entre o Estado e a Madeira

O antigo presidente do Governo Regional entregou, hoje, no parlamento a 'Proposta para estruturar e sustentar o futuro da Região"

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Foto ALRAM

Chama-se 'Proposta para Estruturar e Sustentar o Futuro da Região' e foi, hoje, entregue por Alberto João Jardim ao presidente da Assembleia Legislativa da Madeira. O documento foi elaborado pelo Instituto Autonomia e Desenvolvimento da Madeira, presidido por Jardim, e conta com o contributo de diversos especialistas, desde a área financeira à académica.

José Manuel Rodrigues agradeceu o facto deste documento ter sido entregue ao principal órgão de Governo próprio da Região - sede do poder legislativo - e classificou o estudo de “valioso contributo da sociedade civil para o futuro do arquipélago".

Este trabalho de investigação é composto por oito capítulos: Fundamentação; Dependência financeira das Regiões Autónomas; Relacionamento financeiro entre o Estado e as Regiões Autónomas; Transportes Aéreos; Transportes Marítimos; Território interno; o financiamento da Universidade da Madeira e a Revisão Constitucional.

No acto de entrega da proposta, Alberto João Jardim começou por referir que a proposta pretende "por fim ao confronto que existe entre o Estado e a Região”.

“Trata-se de apresentar as medidas concretas que são necessárias para a Região Autónoma poder estruturar e sustentar o seu futuro”, vincou o Alberto João Jardim.

O estudo do Instituto Autonomia e Desenvolvimento da Madeira vai ser entregue aos partidos representados no parlamento madeirense, a quem os investigadores pedem colaboração para que as medidas sugeridas possam ser concretizadas. “Toda a matéria que aqui está pode ser utilizada pelo parlamento regional”, reforçou Jardim em tom de desafio aos partidos, na produção de legislação direta ou através de propostas legislativas à Assembleia da República.

O documento, elaborado por vários quadros da comunidade regional, perspectiva a evolução da Autonomia no quadro constitucional, a questão das finanças regionais e o crescimento e desenvolvimento económico e social da Madeira e do Porto Santo.

José Manuel Rodrigues disse que o estudo vem no “momento certo” e apelou a que as estruturas regionais e nacionais dos partidos possam "debatê-lo e considerar as suas propostas nos programas que vão apresentar às eleições".

“Os partidos políticos podem pegar neste documento, aproveitá-lo, submete-lo a reflexão e discussão dentro das suas estruturas partidárias e, sobretudo, fazê-las chegar ao plano nacional, aos líderes nacionais e às estruturas nacionais, para que estas propostas possam ter avanço”, concluiu.