Madeira

Sindicato Independente dos Médicos lembra algumas reivindicações por cumprir

Entre elas está a exclusividade e mais apoio à formação. De Lisboa depende a revisão salarial, lembrando que a Madeira deve pressionar a República

Foto Miguel Lira
Foto Miguel Lira

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) congratula-se por mais um passo dado em favor da dignificação do trabalho médico, com a assinatura, ontem, do novo Acordo Colectivo de Trabalho (ACT).

Tal como o DIÁRIO noticiou, esse acordo deverá representar cerca de 3,5 milhões de euros para a Secretaria Regional da Saúde.

Mas o SIM, além de elogiar a postura da Madeira neste contexto, onde tem sido muitas vezes pioneira, lembra as reivindicações que ainda falta satisfazer. Nessa lista, incluem-se a exclusividade devidamente remunerada e mais apoio para formação e investigação. Além disso, a revisão da grelha salarial é outra das reivindicações que estão por cumprir. Embora o SIM deixe claro que essa alteração cabe ao Governo da República, não deixa aquela estrutura sindical de atribuir ao Governo Regional o papel de pressionar Lisboa para serem alcançados esses intentos.

Com os ACT conseguido da Revisão, o SIM reforça que "quer no Continente quer nos Açores, há muitíssimas mais razões para a nossa insatisfação. Esperamos que os Governos respectivos se inspirem e trabalhem conosco seriamente".

De caminho, com "responsabilidade e este seriedade", este sindicato rejeita banalizar as greves, "que inclusive não demovem o Poder da sua inacção, como se está a verificar no continente. Não embarcamos em combates na agitação na rua contra escolhas dos Portugueses em eleições livres", apontam.

Neste comunicado o SIM congratula-se pelos ganhos obtidos para os médicos da Madeira, onde "exigentes, mas sempre cordiais e leais negociações" permitiram alguns ganhos para a classe.

Entre esses, destacam as listas com número de utentes adequadas, o subsídio de fixação, a construção do novo hospital, um sistema avaliação exequível e agilizado, a revisão das normas de organização e disciplina de trabalho médico, a clarificação das folgas e descansos compensatórios, as urgências de 12 horas, a pontuação SIADAP majoração no período de pandemia e a abertura de concursos para assistentes graduados seniores e assistentes. No caso dos assistentes graduados seniores sabe o DIÁRIO que em algumas especialidades isso tarda em acontecer.

"E mais uma vez a Região Autónoma da Madeira à frente", lembra o SIM.

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