Madeira

3,5 milhões para actualizar carreira médica

Sindicatos dos Médicos e Governo assinam acordo colectivo de trabalho na Madeira

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O secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, assinou, esta tarde, no Salão Nobre do Governo, um novo acordo colectivo de trabalho (ACT) com as associações sindicais representativas das carreiras médicas.

Este ACT tem como principais alterações a redução do trabalho normal em serviço de urgência, de 18 para 12 horas e, ao mesmo tempo, simplificar o processo de avaliação do desempenho no SESARAM, com majoração para os dois biénios da pandemia de covid-19, em 4 pontos por biénio. Tal significa que todos os médicos terão uma mudança de nível remuneratório, que custará ao Governo Regional 3.526.227,59 euros.

Para o Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS), representado por Hugo Esteves, o acordo hoje concretizado “melhora significativamente as condições de trabalho dos médicos do Serviço de Saúde da Região” e poderá “atrair mais médicos para o arquipélago”, (nomeadamente através do subsídio de fixação).

“A nossa insatisfação no continente e nos Açores é bastante mais intensa”, realçou por seu turno o representante do Sindicato Independente dos Médicos Jorge Roque da Cunha. Deixou igualmente um pedido a Pedro Ramos para que interceda ao nível da negociação salarial da classe junto da República.

Esta força sindical registou ainda a abertura das entidades regionais em “encontrar entendimentos”, com a classe médica, indicando que já foram estabelecidos 37 acordos entre os sindicatos e o Governo da Madeira. Este acordo foi alcançado na mesa negocial, que juntou ambos os sindicatos médicos, a Secretaria Regional da Saúde e Proteção Civil, a Secretaria Regional das Finanças e o Conselho de Administração do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM, EPERAM).

Ao contrário do que estava previsto, o secretário regional das Finanças, Rogério Gouveia, não esteve presente na cerimónia, sendo representado por Pedro Gouveia.