Madeira

"Prosperidade económica só é possível de alcançar quando temos governos estáveis e coesos"

Afirmação de Miguel Albuquerque, na sessão de abertura do Dia do Empresário Madeirense

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Foto Hélder Santos/ASPRESS

Miguel Albuquerque deixou, esta tarde, um agradecimento aos empresários pela "forma inteligente e empenhada" como ultrapassaram os desafios da pandemia Covid e ajudaram à economia madeirense. Foi uma manifestação de "capacidade de trabalho", disse, garantindo ao presidente da ACIF que o Governo Regional da Madeira será sempre um "parceiro" privilegiado nesta relação. "Somos um governo favorável às empresas", apontou, dizendo, no entanto, que a economia não deve ser dirigida pelo Estado e em função do Estado.

Na sessão de abertura do Dia do Empresário Madeirense, o governante apontou que a "prosperidade económica só é possível de alcançar quando temos governos estáveis e coesos". Na sua intervenção destacou o pilar de crescimento económico na Madeira, não sem apontar o dedo ao Estado que se tem demitido das suas funções de apoio aos cidadãos e às empresas.

A Madeira neste momento usufrui de investimento e de capital estrangeiro muito por força daquilo que mostrou durante a pandemia. "Nós aqui queremos trazer capital estrangeiro", seja no turismo, quando contamos no ano passado com mais de 9 milhões de dormidas, mas também nas áreas tecnológicas. Uma aposta na "diversificação digital". Os proveitos das tecnológicas em 2021 atingiram 521 milhões de euros.

O presidente do Governo Regional falou ainda da habitação que será construída ao abrigo do PRR, bem como dos incentivos à habitação cooperativa. Outros dos pontos em análise foi a distribuição hídrica e a capacidade de produção eléctrica de 50% nas energias renováveis.

Albuquerque traça, nesta sessão, um quadro favorável do desenvolvimento do arquipélago, sendo disso exemplo a diminuição do desemprego e dos apoios sociais. "Não é através da esmola" que se resolvem os problemas.

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Face a sugestão da solução da operacionalidade do Aeroporto da Madeira, apresentada por Jorge Veiga França no seu discurso, Miguel Albuquerque voltou a insistir que os constrangimentos se devem aos limites de vento impostos e a falta de actualizações significativas ao longo dos anos. Segundo ele, os padrões e infra-estruturas do aeroporto estão fixados em 1964, referindo-se à data de sua inauguração, e não acompanharam as necessidades e avanços tecnológicos que caracterizam a aviação actual. "O Estado parou em 1964", realçou.