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Portugal deve aproveitar melhor potencial associado à localização estratégica

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Foto: ESTELA SILVA/LUSA

O ministro das Infraestruturas afirnou hoje que Portugal deve aproveitar "melhor" o potencial associado à sua localização estratégica, maximizando o número de cabos submarinos internacionais amarrados na costa e criar maior valor acrescentado nesta cadeia de valor.

João Galamba falava no encerramento do último dia da 32.ª edição do congresso da APDC, que decorreu em Lisboa.

Na sua intervenção, o ministro recordou que Portugal é o segundo país europeu, a par de Espanha, onde nos últimos 15 anos amarram mais cabos intercontinentais que passam pelo Atlântico Norte.

"Ainda assim, no nosso entender, Portugal deve, pode e posso garantir aqui vai aproveitar melhor o potencial associado a esta localização estratégia em duas vertentes principais", prosseguiu o governante.

Em primeiro lugar, "maximizando o número de cabos submarinos internacionais que venham amarrar na nossa costa, em segundo lugar, criando maior valor acrescentado nesta cadeia em valor, em particular atraindo investimentos em centro de tratamento e processamento de dados", apontou João Galamba.

O ministro sublinhou que estes centros de dados "são essenciais na economia digital" e que "são o complemento natural dos cabos submarinos internacionais que transportam" quantidades enormes de informação.

"Não se trata, pois, apenas, afirmar Portugal como local de amarração de cabos, mas complementar essa possibilidade nas atividades de armazenamento, processamento, essas sim com muito maior valor acrescentado e com muito maior volume de investimento e emprego", disse.

Galamba recordou que "está em curso em Portugal" o investimento na construção de um dos maiores centros de dados a nível europeu no valor acima 3,5 mil milhões de euros.

"Estão neste preciso momento a serem criadas condições para atrair novos investimentos" em centros de dados em Portugal aproveitando a amarração de cabos submarinos, quer o acesso a energias renováveis para o abastecimento dos 'data centers'".

A 'tokenização', representação de ativos físicos por digitais, os avanços da inteligência artificial (IA) e o potencial de ganhos da Administração Pública com o digital foram alguns dos temas em debate na 32.ª edição do congresso da APDC.

O evento anual da APDC - Digital Business Community, que voltou a decorrer em formato híbrido entre terça-feira e hoje, tem como tema "The Great Digital Tech Disruptions" e conta com o ex-ministro da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, como presidente deste congresso.