Em situações de vento forte no Aeroporto da Madeira que impeça a operacionalidade aérea do mesmo, constrangimento que já afecta mais de uma centena de voos desde o final da tarde de domingo, o presidente do Governo Regional admite que não há plano de contingência que permita ‘dar a volta’ a condições atmosféricas muito adversas.~

“O plano de contingência é ver se o vento abranda para os aviões poderem aterrar”, respondeu Miguel Albuquerque, resignado com o condicionalismo ditado pelo vento forte que tem fustigado o extremo leste da ilha da Madeira.

Perturbação que diz ser a primeira a ocorrer este ano no Aeroporto Internacional da Madeira – Cristiano Ronaldo onde já operam 43 companhias para 90 rotas directas. “Este ano, desde Janeiro, ainda não tivemos nenhum contratempo”, embora neste caso, reforça o aviso que “está previsto, nos próximos dias, termos alguns constrangimentos. Contra o vento não se pode fazer nada”, admite.

Reconhece que o Porto Santo pode ser uma alternativa de ‘espera’, mas para isso importa concretizar o investimento previsto na requalificação da gare, por reconhecer que a actual tem “condições estruturais mínimas”.

Está por isso expectante que seja concretizado o investimento já anunciado e que espera seja apresentado pela ANA ainda este mês, de modo a que sejam criadas condições de operacionalidade na gare do Aeroporto do Porto Santo “no sentido de desenvolvermos uma melhor articulação nestas situações” de perturbação no aeroporto da Madeira.

Só com esse investimento será possível “melhorarmos a resposta em situações de inoperacionalidade do aeroporto [da Madeira]”, por entender que o Porto Santo possa ser visto como “um aeroporto que em caso de impedimento temporário do aeroporto do Funchal” possa “acomodar temporariamente os voos e dar todas as condições de conforto aos passageiros prejudicados”, afirmou.

Declarações à margem de visita a unidade de alojamento local em Machico.