A Guerra Mundo

Estados Unidos anunciam hoje novo pacote de ajuda militar a Kiev

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Os Estados Unidos anunciam hoje um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, que consiste principalmente em munições para sistemas que as forças ucranianas já possuem, adiantou a Casa Branca.

"Os Estados Unidos vão anunciar unilateralmente uma nova ajuda à Ucrânia", frisou esta quinta-feira John Kirby, porta-voz dos EUA para questões de segurança nacional.

O novo pacote incluirá "principalmente munição para os sistemas que os ucranianos já possuem", acrescentou durante uma conferência de imprensa, citando, em particular, os Sistemas de Artilharia de Alta Mobilidade (Himars).

No entanto, John Kirby, não acrescentou mais detalhes.

O anúncio do novo pacote de ajuda militar coincide com a visita à Casa Branca do chanceler alemão Olaf Scholz.

A última visita de Scholz à Casa Branca foi em fevereiro de 2022, embora os dois líderes falem com frequência, de acordo com Kirby.

"A visita ocorre quando marcamos um ano desde o início da invasão e estamos orgulhosos dos esforços coletivos que fizemos para fornecer à Ucrânia as capacidades de que precisa", frisou o porta-voz norte-americano.

Os aliados ocidentais prometeram ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acelerar o fornecimento de armas e munições para permitir que as forças ucranianas repelissem a nova ofensiva das tropas russas.

A União Europeia anunciou recentemente um esforço para fornecer "de emergência" munições de 155 mm.

Os EUA forneceram à Ucrânia, desde o início do conflito, cerca de 29.800 milhões de dólares (cerca de 27.260 milhões de euros) em assistência militar.

O último pacote foi apresentado precisamente na passada sexta-feira, dia que marcou o primeiro ano da guerra, quando o Pentágono anunciou um novo pacote de segurança para a Ucrânia no valor de 2.000 milhões de dólares (cerca de 1.890 milhões de euros), que inclui mísseis Himars de longo alcance, munições de artilharia e 'drones'.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.101 civis mortos e 13.479 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.