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Sítio na Internet de trocas para ´hackers` encerra após a detenção do fundador

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A Justiça dos EUA anunciou hoje que uma das principais páginas na Internet onde piratas informáticos faziam trocas, chamada BreachForums, foi encerrada e o seu fundador preso.

Conor Fitzpatrick, residente em Nova Iorque, de 20 anos, foi preso em 15 de março e levado hoje perante um juiz federal na Virgínia, onde foi acusado de "fraude informática organizada", acusação punível com até cinco anos de prisão.

O suspeito é acusado de ter criado o website BreachForums em março de 2022 para facilitar as trocas entre ´hackers`, com seções como a dedicada à venda de dados pessoais roubados, ferramentas de roubo de informações ou tutoriais sobre métodos de intrusão.

Segundo os documentos judiciais, o jovem, que usou o pseudónimo Pompompurin, abriu esta plataforma após as autoridades terem fechado um primeiro sítio semelhante, chamado RaidForums.

"Continuamos a derrubar os principais atores no ecossistema do cibercrime", comentou a ministra-adjunta da Justiça, Lisa Monaco, num comunicado.

Tal como o Raidforums, "o BreachForums colmatou a lacuna entre os ´hackers` que vendem dados roubados, e os compradores que procuram lucrar com isso", acrescentou.

Um dos utilizadores afixou os nomes e contactos de 200 milhões de utilizadores pirateados de uma importante rede social norte-americana em 04 de janeiro. Os documentos do tribunal não especificam qual, mas, de acordo com vários ´sites` especializados, foi o Twitter o alvo.

Outro ofereceu, em abril de 2022, os dados roubados a 8.000 clientes de uma empresa americana de serviços de Internet, incluindo 1.900 números de cartões bancários.

Conor Fitzpatrick é também suspeito de ter atuado como intermediário para certas transações, ao passar moedas criptográficas e ficheiros roubados através da sua página.

Após a detenção, de acordo com a documentação judicial, admitiu ter criado e gerido o ´site`.

Esta operação "é uma grande perturbação da paisagem cibernética, que terá um impacto durante meses, antes de os atores da ameaça reagirem e se adaptarem", comentou no Twitter o perito em segurança cibernética Alexander Leslie.