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Oito mortos em naufrágio de barco de traficantes na Califórnia

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Pelo menos oito pessoas morreram no naufrágio de uma de duas embarcações de alegados traficantes que se aproximavam de uma praia de San Diego, costa da Califórnia, e as autoridades estimam haver mais sete pessoas desaparecidas.

Uma mulher de uma das embarcações ligou para o número de emergência dos Estados Unidos (911) no final de sábado a dar conta de que um dos barcos tinha virado na ondulação ao larga da praia Blacks Beach, segundo o suboficial da Guarda Costeira americana Richard Brahm, citado pela Associated Press (AP).

"A mulher que ligou disse que o barco que virou teria 15 pessoas a bordo, mas que isso seria apenas uma estimativa", disse Brahm.

A Guarda Costeira e os bombeiros de San Diego retiraram oito corpos da água, mas o denso nevoeiro dificultou as buscas por mais vítimas. A Guarda Costeira patrulhou a área ao início do dia de hoje e as autoridades esperam ter o apoio de helicópteros assim que a meteorologia permitir.

Brahm disse também desconhecer se há feridos entre os passageiros da sua embarcação ou se foram intercetados pelo controlo de fronteiras.

Não há certezas sobre se houve alguma detenção ou sobre a nacionalidade dos passageiros.

As travessias ilegais têm aumentado durante o mandato do presidente Joe Biden, com muitos migrantes a entregarem-se voluntariamente a agentes do controlo de fronteiras e a serem libertados nos EUA, dando continuidade ao processo nos tribunais do país.

Uma regra criada durante a pandemia, e que está previsto cessar a 11 de maio, nega aos migrantes a oportunidade de procurar asilo com base na necessidade de prevenir a disseminação da covid-19, mas a aplicação da lei tem recaído de forma desproporcionada sobre mexicanos, hondurenhos, guatemaltecos e salvadorenhos, por serem as únicas nacionalidades que o México aceitou receber de volta.

Em resultado, as pessoas desses quatro países procuram iludir as autoridades e evitar a captura, por saberem que existe uma maior probabilidade de serem expulsas ao abrigo da lei de saúde pública.

Recentemente, o México começou também a receber de volta cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos.