Madeira

Empresário rejeita a ideia de "monopólio" nos portos e diz que não há passageiros para o ferry

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Ricardo Lume, do PCP, questionou o presidente do Grupo Sousa sobre o que considera ser um "monopólio" na operação portuária da Madeira, a viabilidade de uma ligação ferry Madeira-Continente e a ligação marítima Madeira-Porto Santo.

Luís Miguel Sousa rejeita a ideia de monopólio na operação portuária. "Não aceito que se chame monopólio a uma operação em mercado a aberto", como é o caso do Porto do Caniçal. Nem o modelo de concessão da operação pode ser entendido, segundo o empresário, como monopólio, uma vez que a concessão tem regras.

Sobre o ferry, não tem dúvidas: "não há pessoas para andar no ferry". E lembra que "não há dimensão de mercado" e que o Governo Regional gastou 3 milhões de euros, depois de ter ficado com três concursos vazios. O Grupo Sousa aceitou um contrato de três anos, para 12 viagens mas, ao fim de dois anos, desistiu porque não era viável.

Em relação à concessão da ligação Madeira - Porto Santo, atribuída à Porto Santo Line, garante que "não há qualquer favorecimento" e apresentou números da operação que já transportou 7,7 milhões de passageiros e os constrangimentos na época baixa.

Um operação que "não teve reclamações", mas que é "uma linha sazonal e muito difícil".

"O Lobo Marinho tem mais 10 anos e o novo navio vai custar 100 milhões de euros", lembra Luís Miguel de Sousa e a perspectiva de retorno é muito baixa.

O empresário lembra que a abertura de um novo concurso poderia levar a que, ficando vazio, a linha fosse fechada, porque não se pode pensar que abrindo o concurso "vão aparecer dezenas de concorrentes".