A Guerra Mundo

Rússia alerta para falsos alertas de ataque

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Vários alertas antiaéreos falsos foram transmitidos em canais de rádio e televisão russos alvos de ataques informáticos, disseram hoje as autoridades de Moscovo.

"Informações sinalizando um alerta antiaéreo foram transmitidas em algumas regiões do país após a invasão de servidores de rádios e canais de televisão", anunciou o Ministério de Situações de Emergência da Rússia, acrescentando que "essa informação é falsa, não corresponde à realidade".

Segundo órgãos de informação russos, esses falsos alertas foram transmitidos principalmente nas regiões de Belgorod e Voronezh, na fronteira com a Ucrânia, bem como em Moscovo e São Petersburgo e na península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

Um ataque cibernético semelhante, que resultou em vários avisos antiaéreos falsos transmitidos por meios de comunicação na Rússia, já aconteceu na semana passada, apontou o Ministério.

Em cada ataque, de acordo com as agências de notícias russas, foram atingidos apenas canais privados de rádio e televisão, cujo transmissor foi brevemente dominado por um sinal mais forte.

Esses incidentes ocorrem logo após o primeiro aniversário do lançamento, em 24 de fevereiro de 2022, da ofensiva russa na Ucrânia.

Localidades e infraestruturas nas regiões russas fronteiriças com a Ucrânia têm sofrido repetidamente ataques, nomeadamente por 'drones', atribuídos por Moscovo ao exército ucraniano.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.101 civis mortos e 13.479 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.