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Centenário da morte do beato Carlos atrai austríacos e húngaros à Madeira

Exposição 'Memória da passagem pela Madeira de Carlos, Imperador da Áustria e Rei da Hungria' foi hoje inaugurada

Inauguração da mostra contou com a presença de diversas entidades oficiais
Inauguração da mostra contou com a presença de diversas entidades oficiais, Foto DR

O Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicentes inaugurou esta quinta-feira, 31 de Março, a exposição temporária 'Memória da passagem pela Madeira de Carlos, Imperador da Áustria e Rei da Hungria', inserida no programa de comemorações do centenário da morte do beato Carlos promovida pela Secretaria Regional de Turismo e Cultura. 

A mostra reúne um conjunto de fotografias captadas pelos Perestrellos Photographos entre 1921 e 1922, que retratam alguns dos momentos mais marcantes da passagem do beato Carlos pela Madeira, nomeadamente a chegada dos arquiduques, vindos da Suíça, em Novembro de 1921, o falecimento do Imperador em Abril de 1922, as cerimónias fúnebres e a partida da família, em Maio de 1922.

A inauguração da exposição ficou marcada pela presença de familiares directos do antigo Imperador da Áustria e Rei da Hungria, que estão de visita à Madeira, tendo o momento sido presidido por diversas entidades oficiais, entre as quais o secretário regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, o Representante da República para a Região Autónoma da Madeira, Juiz Conselheiro Ireneu Cabral Barreto, o Bispo do Funchal D. Nuno Brás, o reitor da Universidade da Madeira, Sílvio Fernandes, entre outros. 

À margem da inauguração, o governante com a pasta do Turismo e Cultura destacou que Carlos de Áustria "é uma figura incontornável da nossa história, alguém que acabou os seus dias na Madeira, que era um mensageiro da paz, um homem que não tendo sido um vitorioso da guerra, foi um vencedor da paz, o homem que mais aclamou a paz no primeiro conflito mundial".

Por ocasião das comemorações do centenário da morte do Beato Carlos, estão, neste momento na Região, cerca de 100 familiares directos do imperador da Áustria e rei da Hungria, numa comitiva composta por quase 300 pessoas.

Eduardo Jesus realça a importância da iniciativa para o turismo: "Recordo que celebrar o centenário de um homem que foi rei da Hungria e imperador da Áustria, que neste momento é beato, para essas origens significa bastante e isso é colocar a Madeira no mapa da memória, do imaginário, do entendimento dessas populações. Naturalmente que o potencial para a actividade turística é grande, aproveitamos as pessoas que vêm cá para saberem mais sobre a Madeira e a forma como nós evocamos as pessoas que passam por cá".

A exposição ficará patente no Museu de Fotografia da Madeira até 22 de Abril, a entrada é gratuita. As comemorações do centenário do falecimento do beato Carlos, que tiveram início este ano, contam com diversas iniciativas a decorrer até 2023.