A Guerra Mundo

Solidariedade em tons de azul e amarelo

Fachadas de edifícios, perfis nas redes e pinturas faciais recorrem às cores da Ucrânia

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As cores da bandeira ucraniana estão a ser projectadas em vários edifícios públicos um pouco por todo o mundo, mas também a serem usadas em pinturas faciais, nos perfis dos cidadãos nas redes sociais e até em adereços na indumentária de cada dia. Tudo para exprimir solidariedade em relação à nação invadida pela Rússia.

Os monumentos famosos e construções mundiais foram iluminados com as cores da bandeira ucraniana após a invasão russa. Casos do Coliseu de Roma ,o Portão de Brandemburgo, em Berlim, a número 10 da Downing Street - residência oficial do primeiro ministro do Reino Unido em Londres - e o Empire State, em Nova York. 

O azul e amarelo são também as cores da bandeira da Madeira, sendo expectável que alguns edifícios da Região possam também ser iluminados já esta noite nos mesmos tons.

Câmara do Porto segue Lisboa

Depois da Câmara de Lisboa, o edifício da Câmara do Porto vai estar hoje à noite e no fim de semana iluminado de azul e amarelo, as cores da bandeira da Ucrânia, num ato simbólico que pretende mostrar solidariedade com o povo ucraniano.

"Estamos completamente solidários com o povo ucraniano e repudiamos este crime internacional levado a cabo pela federação russa", afirmou hoje à Lusa o chefe de gabinete da presidência da Câmara do Porto, Vasco Ribeiro.

Nesse sentido, os Paços do Concelho do Porto, "cidade de liberdade", vão iluminar-se das cores da bandeira ucraniana, juntando-se aos vários protestos internacionais que têm surgido pela invasão da Ucrânia.

"É isso que nos move", salientou Vasco Ribeiro.

Guarda opta pelo silêncio

A Assembleia Municipal da Guarda guardou hoje um minuto de silêncio pelas vítimas da guerra na Ucrânia e, no início da sessão, os eleitos tiraram uma fotografia coletiva com a bandeira daquele país.

No arranque da reunião da Assembleia Municipal da Guarda, que decorre desde as 09:30 no grande auditório do Teatro Municipal da Guarda, o presidente daquele órgão autárquico, José Relva (Movimento Pela Guarda), demonstrou preocupação relativamente ao que está a acontecer na Ucrânia.

De seguida, "em homenagem aos que já faleceram" no conflito e por respeito aos dois povos (ucraniano e russo), propôs que fosse guardado um minuto de silêncio, o que aconteceu.

Posteriormente, o deputado do PS Pedro Pinto distribuiu folhas A4 com a bandeira da Ucrânia impressa pelos eleitos presentes e foi tirada uma fotografia coletiva, para aquele órgão mostrar a sua "solidariedade para com o povo da Ucrânia", justificou.

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda), também abordou o assunto, referindo que "todos somos Ucrânia".

"Nenhum de nós gostaria de ter começado o dia de hoje desta forma, mas, infelizmente, é o sinal dos tempos de alguma loucura da luta pelo poder que anda pelo mundo fora e, pior do que isso, pela nossa Europa, aqui bem perto. E esperemos dar um sinal de esperança e de conforto e de muito apoio aos nossos 1.500 militares que já foram mobilizados para acompanharem, esperamos que por agora só acompanharem, a guerra, que está já a decorrer", declarou.

Sérgio Costa disse esperar que o conflito "tenha um fim próximo e que a diplomacia e que a paz mundial prevaleça sobre as loucuras de alguém que insiste em governar apenas no poder, pelo poder e pelo dinheiro do gás e do petróleo"

"Que foi aquilo que nós vimos, essencialmente, ontem [quinta-feira], depois de deflagrar a guerra".