A Guerra Mundo

Macron exige a Putin que termine invasão "imediatamente"

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FOTO EPA/YVES HERMAN / POOL

O Presidente francês, Emmanuel Macron, exigiu hoje num telefonema com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, que as operações militares na Ucrânia terminassem "imediatamente", lembrando que a Rússia está exposta "a sanções maciças".

Emmanuel Macron falou com Vladimir Putin depois de ter dialogado com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

De acordo com o Palácio do Eliseu, o chefe de Estado francês telefonou a Putin à chegada ao Conselho Europeu em Bruxelas (Bélgica), antes do início da reunião de líderes da União Europeia (UE).

O bloco comunitário deu hoje luz verde às novas sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia, que abrangem os setores financeiros, de energia e transporte, bens de dupla utilização, além do controlo de exportações ou da política de vistos.

As conclusões aprovadas durante a cimeira especificam que a lista de pessoas e entidades russas afetadas pelas sanções da UE será ampliada.

Após a aprovação dos líderes, as sanções devem seguir o procedimento formal necessário para que sejam adotadas e entrem em vigor, num conselho extraordinário de ministros dos Negócios Estrangeiros em Bruxelas.

Os 27 Estados-membros também condenaram "duramente" o envolvimento da Bielorrússia na invasão, já que algumas tropas entraram na Ucrânia através do país liderado por Aleksandr Lukashenko, e pediram "a preparação e a adoção urgentes" de novas sanções económicas e individuais também contra aquele país.

A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.