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Airbus anuncia lucro recorde de 4,2 mil milhões de euros em 2021

Foto EPA/TOM WHITE
Foto EPA/TOM WHITE

A fabricante europeia de aeronaves Airbus anunciou hoje um lucro líquido recorde de 4,2 mil milhões de euros em 2021, ano marcado pelo aumento da produção e adaptação do grupo à crise pandémica.

A Airbus entregou 611 aviões comerciais, mais 8% do que no ano anterior e prevê que este número suba este ano para 720.

"O nosso foco passou da gestão da pandemia para a recuperação e crescimento", disse o presidente executivo da empresa, Guillaume Faury, citado num comunicado.

O mesmo responsável atribuiu estes resultados "notáveis" ao aumento das entregas de aeronaves comerciais (+8% em relação a 2020), ao "bom desempenho" das atividades espaciais e de defesa, bem como à divisão de helicópteros e à "atenção prestada à redução de custos e à competitividade".

As entregas são um indicador fiável da rentabilidade na indústria aeroespacial, com os clientes a pagarem a maior parte da fatura quando recebem a entrega do avião.

Assim que a crise sanitária começou, a Airbus reduziu drasticamente a produção e anunciou a supressão de 15.000 postos de trabalho, entretanto revistos para quase 10.000.

O grupo, que empregava 126.000 pessoas no final de 2021, planeia recrutar pelo menos 6.000 este ano.

A Airbus, cuja produção da família A320 (A319, A320 e A321) tinha diminuído um terço, para 40 aviões por mês até abril de 2020, estava a produzir 45 aviões por mês até ao final de 2021 e espera voltar a produzir 65 aviões por mês até ao verão de 2023, mais do que alguma vez construiu.

Em 2021, as receitas aumentaram 4% para 52,1 mil milhões de euros, "refletindo principalmente entregas mais elevadas de aeronaves comerciais, parcialmente compensadas por taxas de câmbio menos favoráveis", de acordo com o fabricante de aeronaves.

O lucro operacional foi marcado por ajustamentos positivos num total de 477 milhões de euros, nomeadamente no que diz respeito ao fim do programa A380 e a uma inversão de provisões ligadas ao plano de reestruturação.

No entanto, a Airbus registou novos custos adicionais de 212 milhões de euros relacionados com o programa de aviões de transporte militar A400M.