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1. Parabéns e Obrigado

Um partido não ganha eleições para governar os destinos de uma Região mas “pela porta do cavalo” quer ser o representante

São 100 anos de obra social e humana do Instituto S. João de Deus na Madeira. Comemorações feitas com o simbólico descerramento do busto do Beato João Jesus Adradas, impulsionador da Ordem Hospitaleira São João de Deus, na Madeira e que traduz o agradecimento ao empenho de dezenas de Colaboradores, nas várias unidades no âmbito do tratamento, recuperação e reabilitação de pessoas portadoras de doença mental.

Nestes 100 anos, é evidente o crescimento desta obra em termos de estruturas físicas, na proporção do empenho desta Instituição em fazer mais e melhor pela população da Região. Essa obra social e humana tem a título de exemplo, o Centro S. Ricardo Pampuri com atividade desde 1979 na área específica do tratamento do álcool.

2. Sobre a ideia de criação de um Secretário de Estado das Comunidades e das Autonomias, leva-me a reavivar parte da História dos Descobrimentos Portugueses.

No século XVI, foi criada a Casa da Índia destinada a administrar os territórios ultramarinos portugueses e comércio externo. Narra a História que na Casa da Índia havia 1 oficial para controlo da mercadoria; 1 provedor, 5 escrivães, 1 juiz da balança, 1 tesoureiro, 1 guarda-mor, 1 escrivão das cargas e descargas, 2 feitores da Mesa de Abertura, 1 escrivão das Marcas, 1 administrador do selo, 1 porteiro, 2 fiéis da tesouraria, 1 guarda do número, 1 meirinho do Juízo da Índia e Mina, 1 fiel da balança e 2 tesoureiros, um para o dinheiro e outro para as especiarias. (excerto dos documentos de acesso público do Arquivo Nacional da Torre do Tombo).

No total mais de 20 homens ao serviço do Reino que nos séculos XVI, XVII até meados do XVIII estava sedeada em Lisboa, no que hoje conhecemos por Praça do Comércio.

No século XXI a possibilidade de criação de um Secretário de Estado das Comunidades e das Autonomias, só por mera sugestão, convinha actualizar na perspectiva da evolução da Monarquia para a República, com o 5 de outubro de 1910 e depois com o 25 de abril de 1974 e com o fim da Ditadura. O país passou a viver com os princípios da democracia representativa e nesse sentido as ilhas adjacentes passaram a regiões autónomas, com órgãos de governo próprio, eleitos pela vontade popular.

Então vejamos, um determinado partido não ganha eleições para governar os destinos de uma Região mas “pela porta do cavalo” quer ser o representante dos interesses dessa Região junto do Governo Central, através de um militante que apresentou a sua demissão e que não é candidato à liderança desse partido. Citando Scolari, Euro 2008, “ (…) o adversário não faz nada para ganhar e o burro sou eu? O ruim sou eu? O errado sou eu?(…)”