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Prisão preventiva para jovem suspeito de planear ataque a universidade de Lisboa

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Foto Global Imagens

O jovem, de 18 anos, detido pela Polícia Judiciária (PJ), em Lisboa, vai aguardar julgamento em prisão preventiva, indiciado pelo crime de terrorismo. A notícia da medida de coacção está a ser avançada pela CNN Portugal.

O estudante universitário vai agora ser levado para o Estabelecimento Prisional de Lisboa.

O arguido, detido em flagrante pela posse das armas, foi presente esta sexta-feira, 11 de Fevereiro, a primeiro interrogatório judicial, o que aconteceu apenas depois das 12 horas - apesar de ter chegado cerca das 09 horas ao Campus da Justiça (Lisboa) numa viatura PJ - e não prestou declarações.

Antes disso, foi ainda necessário esperar que o processo chegasse ao tribunal. O suspeito estava para ser representado por um defensor oficioso que estava de escala, mas, já em cima do início do interrogatório, acabou por ver chegar um advogado que foi mandatado pela família para a diligência desta manhã.

O arguido foi detido na quinta-feira pela PJ, que disse ter impedido assim uma "acção terrorista" e ter apreendido várias armas proibidas.

Em comunicado, a PJ adiantou que a investigação que levou à detenção foi desencadeada "por suspeitas de atentado dirigido a estudantes universitários da Universidade de Lisboa".

Através da Unidade Nacional Contraterrorismo, a PJ encetou na quinta-feira de manhã a operação, cumprindo mandados de busca domiciliária.

Fonte ligada ao processo disse, entretanto, à agência Lusa que o alerta para o atentado terrorista foi dado pelo FBI, unidade de polícia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. A mesma fonte confirmou que o detido tem nacionalidade portuguesa, que o ataque estava previsto para hoje e que este seria um atentado a título individual, sem ter por detrás a acção de um grupo.

Segundo o comunicado da PJ, foram apreendidos "vastos elementos de prova, que confirmariam as suspeitas iniciais". Além de armas proibidas foram apreendidos outros artigos, "susceptíveis de serem usados na prática de crimes violentos" e vasta documentação, "além um plano escrito com os detalhes da acção criminal a desencadear".