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TAP está interessada em aumentar número de voos para a Venezuela

Foto Shutterstock
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A TAP está interessada em realizar mais voos entre Portugal e a Venezuela, disse o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas (SEC), Paulo Cafôfo, sublinhando que Caracas pode ser "estratégica" para a companhia aérea portuguesa.

"Quando que estive aqui em maio assumi o compromisso perante a comunidade de que me iria reunir com a CEO da TAP [, Christine Ourmières-Widener] (...). Reuni-me e nesse diálogo, a administração da TAP [manifestou que] tem vontade de aumentar a frequência de voos para a Venezuela", disse o SEC.

Paulo Cafôfo falava à Lusa em Macuto (37 quilómetros a nordeste de Caracas), na terça-feira, pouco antes de finalizar uma visita de oito dias à Venezuela, onde além da capita, Caracas, contatou com portugueses em Tejerías, Maracay, Barquisimeto e Turumo.

"A questão da TAP é uma questão em que todos nós estamos de acordo: a TAP é importantíssima para a ligação que existe entre Portugal e as suas comunidades, particularmente aqui com a Venezuela", disse.

O SEC explicou que "aquilo que é visível" é que é "uma linha que pode ser rentável, em que a TAP pode assumir vantagem até a outras companhias europeias, porque temos aqui uma comunidade que pode ser a alavanca para outros clientes da TAP, porque os clientes da TAP na Venezuela não são só ou não se restringem à comunidade", embora a comunidade possa "ser a oportunidade para a TAP conquistar o mercado".

"Num momento que sabemos como é difícil conquistar mercado, é fundamental, principalmente aqui na América do Sul, e aqui a Venezuela pode ser estratégica para a TAP", disse.

"Aquilo que queremos é que haja um aumento de frequências, um aumento de voos, porque isso também baixa os preços, ganha-se mercado, ganha-se passageiros e reforça-se a ligação com a nossa comunidade", insistiu Paulo Cafôfo.

"É preciso também dizer que a TAP já está a voar para Caracas. Antes de maio não poderíamos dizer isso e, portanto, há aqui um esforço grande do Governo e da diplomacia portuguesa que possibilitou que a TAP voltasse novamente, depois de muito tempo sem estar a viajar ou a fazer a rota aqui para a Venezuela", disse.

"Nós temos a TAP a voar, mas queremos mais, e isso está a ser articulado, obviamente, com a administração da TAP", sublinhou Cafôfo.

No entanto, acrescentou, "isso não invalida que não haja outras companhias que possam deslocar-se para a Venezuela. Aliás (...), fruto [dos esforços] do Governo português e da diplomacia portuguesa, houve negociações para que outras companhias, uma delas a EuroAtlantic, pudesse ser autorizada e licenciada a fazer a viagem entre Caracas e o Funchal".

"Da nossa parte essa missão está cumprida, as autorizações estão dadas pelo Instituto Nacional de Aeronáutica Civil aqui da Venezuela e, portanto, agora cabe à companhia e da parte comercial, desenvolver as condições que foram criadas", disse o SEC.

Segundo Paulo Cafôfo, a acessibilidade é importante na ligação de Portugal à Venezuela "e a TAP ou outras companhias, da parte do Governo português, só terão incentivo, facilitação e alguém que quer ser parte da solução e não parte do problema".