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Saiba o que hoje é notícia

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Os líderes dos sete países mais industrializados (G7) e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reúnem-se hoje, por videoconferência, para discutir a situação na Ucrânia, um dia depois de Moscovo ter bombardeado várias regiões ucranianas, incluindo a zona de Kiev.

Na segunda-feira, a Rússia bombardeou as regiões ucranianas de Kiev, Khmelnytskiy, Lviv, Dnipro, Vinnitsia, Zaporijia, Sumy, Kharkiv e Jitomir, provocando dezenas de mortos e feridos, bem como cortes de energia. A capital ucraniana não era atacada desde 26 de junho.

A reunião do G7 com Zelensky foi anunciada na segunda-feira pela Alemanha, que assume este ano a presidência do grupo (no qual a União Europeia também está representada), com Berlim a divulgar na mesma ocasião que o chanceler alemão, Olaf Scholz, tinha expressado a sua solidariedade e dos outros Estados-membros do bloco ao líder ucraniano.

Também na segunda-feira, Zelensky avançou que tinha falado, com um caráter de urgência, com Scholz e com o homólogo francês, Emmanuel Macron.

"Discutimos o fortalecimento da nossa defesa aérea, a necessidade de uma reação europeia e internacional dura, bem como o aumento da pressão sobre a Rússia", disse Zelensky na rede social Twitter.

O G7 é constituído pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

Esta vaga de bombardeamentos seguiu-se à destruição parcial, no sábado, da ponte Kerch, que liga a Rússia à Crimeia e que simboliza a anexação da península ucraniana por Moscovo, em 2014.

Os bombardeamentos russos foram condenados por vários aliados da Ucrânia, incluindo Portugal.

O Presidente russo, Vladimir Putin, confirmou que ordenou os bombardeamentos na sequência da destruição parcial da ponte da Crimeia e prometeu "respostas severas" em caso de novos "ataques terroristas" contra a Rússia.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

O Portugal Fashion, evento de moda que poderá não acontecer em 2023 por falta de financiamento, arranca hoje e, durante cinco dias, apresenta 40 desfiles em locais do Porto como Mercado do Bolhão, Museu de Soares dos Reis e Palácio da Bolsa.

Hoje dá-se apenas a abertura oficial, apenas para convidados, enquanto os desfiles arrancam na quarta-feira, no Museu de História Natural e Ciência da Universidade do Porto, às 11:30, com as criações da 'designer' Carolina Sobral. O evento vai acolher a apresentação de peças de 'designers' como Katty Xiomara, Maria Gambina e Luís Onofre, entre muitos outros.

No fim de semana passado, a Associação Nacional de Jovens Empresários, que organiza o Portugal Fashion, revelou que esta iniciativa de moda poderá não se realizar em 2023 por falta de financiamento europeu.

DESPORTO

Benfica e Paris Saint-Germain reencontram-se na quarta jornada do Grupo H da Liga dos Campeões de futebol, na capital francesa, onde uma das equipas pode selar o apuramento para os oitavos de final, caso vença e a Juventus não pontue.

Menos de uma semana depois do empate 1-1, em Lisboa, Benfica e Paris Saint-Germain voltam a defrontar-se, a partir das 20:00, no Parque dos Príncipes, onde os campeões franceses vão surgir desfalcados do argentino Lionel Messi, autor do golo na Luz, e dos portugueses Nuno Mendes e Renato Sanches, todos por lesão.

A formação comandada por Roger Schmidt deve apresentar-se na máxima força, com o 'onze' mais utilizado, à procura do primeiro triunfo no terreno do Paris Saint-Germain, onde os 'encarnados' contam por derrotas as três visitas anteriores.

Paris Saint-Germain e Benfica, que lideram a 'poule', com sete pontos, até podem qualificar-se já para os 'oitavos', a dois jogos do fim da fase de grupos, se vencerem e a Juventus, terceira com três, não pontuar no terreno dos bicampeões israelitas, que ainda não pontuaram.

O jogo entre Paris Saint-Germain e Benfica está marcado para as 21:00 locais (20:00 em Lisboa), em Paris, numa partida que vai ser arbitrada pelo inglês Michael Oliver.

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O judoca português Jorge Fonseca começa a defesa dos títulos mundiais de 2019 e 2021 com um combate de 'alto risco', diante de um antigo campeão mundial e medalhado em Jogos Olímpicos.

Na estreia de Jorge Fonseca nos Mundiais, em Tashkent, o português, líder do 'ranking' mundial de -100 kg, terá pela frente um antigo campeão de -90 kg, que em 2021 trocou Cuba pela Roménia, passando a competir no peso mais acima.

Ainda por Cuba, Asley Gonzaléz foi campeão mundial em 2013 e medalha de bronze em 2011, ainda no anterior peso, e nos Jogos Olímpicos Londres2012 foi vice-campeão, no período em que teve melhores resultados.

Para Jorge Fonseca é um combate exigente a abrir a sua participação, tendo em conta que Gonzaléz subiu apenas muito recentemente de categoria e parte do 25.º lugar do ranking, apesar de já ter sido em 2021 prata no Grand Slam de Paris.

Fonseca já reconheceu que os Mundiais são uma das provas que mais gosta de disputar, mas descarta a pressão da defesa de um título e no seu caso dois consecutivos, depois de em 2019 se ter tornado o primeiro judoca luso a ser campeão mundial.

Na Humo Arena, pavilhão com capacidade para 12.500 e que a cada dia tem mais de meia casa preenchida, o judoca é o sexto a entrar em ação no tatami 1, com eliminatórias marcadas para as 10:00 locais (06:00 em Lisboa).

Nos Mundiais, que decorrem desde quinta-feira, Portugal já teve em ação seis dos oito judocas inscritos, numa 'campanha' em que se destaca a medalha de bronze de Bárbara Timo, em -63 kg.

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A seleção portuguesa feminina de futebol recebe a Islândia, às 18:00, em Paços de Ferreira, onde pode selar um inédito apuramento para o Mundial, marcado para 2023, em encontro da segunda ronda do 'play-off' europeu de qualificação.

Depois do segundo lugar no Grupo H, atrás da Alemanha, e da vitória sobre a Bélgica (2-1 em Vizela), na primeira ronda do 'play-off', a formação das 'quinas' pode fazer história com um triunfo sobre a 19.ª seleção do 'ranking' da FIFA.

Para chegar ao Mundial de 2023, Portugal não depende, porém, apenas de si próprio, já que, dos três vencedores da segunda ronda -- a Suíça recebe o País de Gales e a Escócia é anfitriã da Irlanda -, só dois seguem diretamente para a Austrália e Nova Zelândia.

As duas seleções com mais pontos contando a fase de grupos (com primeiro, terceiro, quarto e quinto) e o jogo de hoje qualificam-se, enquanto a que tiver menos pontos disputa um 'play-off' Intercontinental.

Nestas contas, Portugal não depende de si próprio, falhando desde logo o apuramento direto se a Suíça vencer em casa o País de Gales, num jogo também marcado para as 18:00 (em Lisboa), e a Irlanda ganhar na Escócia, a partir das 20:00.

As lusas somam 16 pontos (18-9 em golos), contra 19 das suíças (23-4) e 17 das irlandesas (26-4). A Escócia também conta 16 pontos e tem idêntica diferença de golos (22-13), mas ganha nos golos marcados, enquanto as galesas só contam 14 (13-5).

Caso supere a Islândia, mas com o pior registo, Portugal irá disputar um 'play-off' Intercontinental, que ditará as últimas três vagas, na Nova Zelândia (17 a 23 de fevereiro de 2023), com China Taipé, Tailândia, Camarões, Senegal, Papua Nova Guiné, Haiti, Panamá, Chile e Paraguai.

A fase final do Mundial feminino de 2003 realiza-se na Austrália e na Nova Zelândia, de 20 de julho a 20 de agosto.

O encontro entre Portugal e a Islândia terá arbitragem da francesa Stéphanie Frappart.

SOCIEDADE

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) realiza um protesto em frente à Assembleia da República no dia em que o ministro da Administração Interna se reúne com os sindicatos da PSP.

No âmbito da campanha "Dignidade Não é Caridade", a ação de protesto da ASPP pretende manifestar "oposição à mistura entre caridade e dignidade profissional que o Governo pretende imprimir" e "demonstrar mais uma vez que é necessário investir em segurança e dignificar os profissionais da Polícia de Segurança Pública".

O presidente da ASPP, Paulo Santos, disse à Lusa que o Governo está a preparar um pacote de medidas sociais para os polícias, como alojamentos ou creches para os filhos dos polícias, mas insistiu que "as questões de dignificação salarial, melhorias das condições de trabalho e o respeito pela condição policial não se respondem com caridade ou assistencialismo social".

A concentração realiza-se um dia depois de o Governo ter apresentado na Assembleia da República a proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2023 e no dia em que o ministro José Luís Carneiro tem uma reunião com os sindicatos da Polícia de Segurança Pública.