Conversa fiada

Ao contrário de agora a solidariedade da UE para com Portugal na crise de 2011, que resultou da má governação do PS (GPS) levando Portugal à bancarrota e à austeridade imposta pelo acordo de resgate financeiro negociado pela GPS com a Troika, foi participar no empréstimo de 76,4 mil milhões de euros, sem qualquer “bazuca” a fundo perdido, empréstimo esse que dependia do estrito cumprimento das exigências de austeridade impostas no referido acordo. GPS que deixou o País com a soberania limitada, sem autonomia financeira, o Estado sem dinheiro para honrar os seus compromissos nomeadamente o pagamento das reformas e sem capacidade de recorrer aos mercados para se financiar e endividar como agora. Só a persistência e o rigor do governo de Passos Coelho no cumprimento das metas impostas pelo plano de resgate, com a imprescindível colaboração das empresas e dos trabalhadores portugueses e dos seus imensos sacrifícios permitiu que em apenas 4 anos, a Grécia levou 8, conseguíssemos recuperar a nossa soberania plena e resgatar a economia do País do estado lastimoso em que a GPS a tinha deixado, permitindo-nos reganhar a confiança dos mercados e assim podermos voltar a financiar-nos. Na crise de 2011 a solidariedade teria de vir dos nossos parceiros da UE e não veio, ao contrário do que se passa na atual crise pandémica. Assim quando o Primeiro Ministro (PM) proclama que “Uma crise não se responde com austeridade, mas sim com solidariedade para apoiar os rendimentos, o emprego e as empresas”, tal não passa de conversa fiada de quem pretende arrogar-se méritos que não tem nas atuais ajudas da UE a Portugal fruto de uma solidariedade global só possível por causa da pandemia e que não existiu na nossa anterior crise. Ao fazer tal afirmação o PM ignora que há crises inevitáveis como a atual provocada por uma pandemia e propícia à solidariedade e as que poderiam ser evitadas como aquela em que a GPS mergulhou Portugal em 2011 propícias à austeridade.

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