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Apoio a líder da oposição Juan Guaidó em mínimos e 76,3% rejeitam PR Maduro

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O apoio dos venezuelanos ao líder da oposição, Juan Guaidó, caiu para o nível mais baixo de sempre, segundo uma sondagem da empresa Meganálisis hoje divulgada, que indica que 76,3% se opõem à continuação de Nicolás Maduro no poder.

A sondagem, feita entre 22 e 30 de julho junto de 1.023 cidadãos com mais de 18 anos de idade, indica que "84,9% respondeu que não apoia o líder político Juan Guaidó, 4% respondeu que sim e 11,2% não sabe".

Segundo a sondagem, o Guaidó registava níveis de apoio de 84,6% em fevereiro de 2019, pouco depois de ter jurado publicamente que assumiria as funções de presidente interino do país até afastar Nicolás Maduro, convocar um governo de transição e realizar eleições livres no país.

No entanto, em abril de 2020, depois de Guaidó e o político opositor Leopoldo López aparecerem numa autoestrada em La Carlota (leste de Caracas) apelando à população e militares para derrubarem o Governo, o apoio ao líder da oposição caiu para 49,8%.

Em julho deste ano, depois de Guaidó anunciar que estava na disposição de dialogar com o Presidente Nicolás Maduro, o apoio ao político caiu para 4%, o mais baixo de sempre.

Por outro lado, segundo a sondagem, 76,3% dos consultados manifestaram "apoiar que Nicolás Maduro e o chavismo deixem o poder antes de terminar o ano de 2021", 13,9% é contra esta possibilidade e 9,8% não sabe.

Sobre a credibilidade do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), 72,1% disse não acreditar que "garantirá condições para que os resultados das próximas eleições (novembro de 2021) sejam fiáveis e transparentes".

A sondagem revela ainda que 68,3% não acredita que "exercendo o direito de votar, seja possível produzir as mudanças de que necessita a Venezuela".

Os dados dão conta de que, nas eleições presidenciais de abril de 2013, 82,4% dos venezuelanos tinha intenções de votar, percentagem que caiu agora para 18,9%.

À pergunta se o "socialismo traz bem-estar, progresso para o país (Venezuela), e um melhor futuro para as pessoas", 18,8% dos venezuelanos respondeu afirmativamente e 71,4%, disse que este tipo de regime político produz "más condições de vida, atraso para o país e desesperança".

Segundo a Meganálisis "59.3% dos lares venezuelanos usam dólares norte-americanos com pouca, média ou muita frequência, para cobrir os gastos familiares", enquanto 40.7% não usa aquela moeda estrangeira.

Por outro lado, apenas 9.3% respondeu que alguém do núcleo familiar estava vacinado contra a covid-19, e apenas 3,14% deu conta da toma das duas doses do processo de vacinação local.

Segundo o estudo, 84,3% defendem que "uma mudança política em Cuba, a um sistema de Governo completamente diferente beneficiará" a América Latina.