Madeira

Câmara do Funchal é das que mais concorre a investimentos do Turismo de Portugal

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A Câmara do Funchal foi dos municípios que mais recorreu aos financiamentos do Turismo de Portugal para implementar projetos inovadores, disse hoje o presidente deste organismo, Luís Araújo.

O responsável falava aos jornalistas a propósito da visita que efetuou, juntamente com o presidente da Câmara do Funchal, à obra de reabilitação do antigo Matadouro do Funchal, recordando que o imóvel, que "estava fechado e abandonado", vai ser transformado num polo de criatividade, cultura e empreendedorismo.

"O município do Funchal é do que mais tem concorrido para financiar projetos", disse Luís Araújo, mencionado os casos do 'wi-fi' grátis na cidade e das acessibilidades no Teatro Municipal Baltazar Dias.

Sobre o projeto do Matadouro do Funchal, mencionou que teve o financiamento de 3 ME do Turismo de Portugal, montante que está a ser utilizado na reabilitação do imóvel.

"É um projeto válido que vai ter um impacto enorme, não só na promoção da região, como do Funchal", opinou.

Recordando que o Turismo de Portugal "aprovou nos últimos seis anos projetos na ordem de mil milhões de euros no território nacional, nas várias linhas existentes", apontou que aquele que está em curso no Matadouro do Funchal é "um ponto importante da promoção de Portugal enquanto destino turístico".

"Ficámos felizes por ter mais este projeto", declarou, considerando que "o Funchal tem tanto ainda para dar".

No seu entender, "olhar para as cidades e bairros de forma diferente e aproveitar edifícios e equipamentos que não tinham utilidade nenhuma", consultar a comunidade sobre o seu aproveitamento, pode também "trazer dividendos".

Luis Araújo referiu que a reabilitação destes equipamentos contribuem para "ir buscar mercados diferentes, segmentos de pessoas diferentes, faixas diferentes, conceitos diferentes daquilo que procuram" e deu como exemplo a "muita procura dos nómadas digitais".

Por seu turno, o presidente da Câmara do Funchal, Miguel Silva Gouveia, enunciou que o antigo Matadouro do Funchal vai ser transformado "num espaço aberto a iniciativas da comunidade", que vai "dar vida à cidade".

O autarca destacou a importância de auscultar um conjunto de entidades ligadas à cultura, empreendedorismo, iniciativas sociais sobre "o modelo a implementar no funcionamento do espaço".

Miguel Silva Gouveia realçou que o objetivo é que este espaço seja "aberto à comunidade regional, que dê mundo à cidade e permita projetar parcerias a nível nacional e internacional"

O responsável municipal mencionou que a obra deve ficar concluída no início de 2022 e que a Câmara Municipal não vai "abdicar da gestão do espaço", porque o Funchal é candidato a Cidade Europeia da Cultura em 2027.

Sobre o projeto, indicou que tem um auditório multifuncional com capacidade até 300 pessoas, duas salas polivalentes que podem ser utilizadas para ensaios, pedagogia, empreendedorismo, um centro de exposições com dois andares, onde pode ficar um acervo municipal ou exposições temporárias, um espaço de restauração e uma loja de vendas de produtos que possam ser ali criados.

Embora este imóvel seja "icónico" e conhecido como Matadouro, Miguel Silva Gouveia admitiu que passa ser rebatizado se surgirem sugestões que "captem o espírito de transição de espaço de abate para local de criação".