O poder tem prazo

Dentro de alguns meses, se não houver alterações, teremos Eleições Autárquicas. Nesse sentido, começam já a movimentar-se as hostes. Há uma mão cheia de nomes de candidatos à Presidência da Câmara (Porto Santo) que vão sendo conhecidos, uns de forma oficiosa, outros oficialmente. Ainda que nem todos tenham as mesmas probabilidades de vencer é essencial que se compenetrem que a vertigem mediática tem um preço que se paga muito caro. Que o primeiro objectivo não seja alcançar o poder pelo poder, hipotecando valores, amizades e princípios, como já temos vindo a assistir.

É preciso se despir da vaidade, da arrogância, da mentira. É preciso se educar para poder servir. Discursos inflamados são agradáveis aos nossos ouvidos mas não têm repercussão e esfumam-se rapidamente. Na política, quanto mais se exagera em benefícios mais nos deixamos influenciar mas,volvidos muitos anos, muitas eleições e muitos candidatos, a credibilidade na classe política foi sempre a decrescer. Falar menos, dizer a verdade, não prometer o que não se pode cumprir e não trair a confiança são premissas onde deveria assentar qualquer campanha séria.(Isto sou eu que digo, que não sou política)

É possível ser tolerante, respeitador, educado e civilizado sem recorrer ao politicamente correcto, ao insulto e à provocação gratuita. A divergência de opinião jamais deve ser motivo para hostilidades.

O denominador comum entre os intervenientes na “corrida” é vir a ocupar a cadeira da presidência na autarquia e, presumo, assumindo o seu leme, contribuam para a resolução cabal dos problemas estruturais da nossa Terra (referidos até à exaustão) e melhorar as condições de vida de todos os seus habitantes. Sonho? Utopia? Quem souber que responda.

Já temos dados irrefutáveis que não basta dizer. É preciso planear e executar, dois verbos que se tem dificuldade em conjugar. Precisamos de decisões políticas ancoradas em sólidos alicerces e não sobre areias movediças.

Que não seja só uma luta do poder pelo poder. O bom do poder é que se pode perdê-lo.

Boa sorte a todos.

P. S(não conheço pessoalmente nenhum dos candidatos para fazer juízos de valor. Avalio, apenas, atitudes)

Madalena Castro