Madeira

Secretário de Estado desconhecia exclusão da Madeira de plataformas de compras online

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O secretário de Estado da Transição Digital, André de Aragão Azevedo, admitiu, hoje, no parlamento, que desconhecia que Madeira e Porto Santo estão excluídos de algumas plataformas de compras online e, depois escutar a denúncia do problema pelo deputado Paulo Neves (PSD), “garantiu que iria de imediato perceber de que forma é que a injustiça podia ser ultrapassada, assumindo tal compromisso”.

Paulo Neves considerou que a exclusão da Região Autónoma de algumas plataformas de compras online é uma “discriminação inaceitável”. “Nos dias que correm e fruto da alteração dos padrões de consumo e do acesso aos bens e serviços ditados pela pandemia, é inaceitável que os consumidores da Madeira e do Porto Santo se vejam limitados nas suas compras online, sendo esta mais uma discriminação a denunciar a quem tem a obrigação de olhar para o País como um todo e, não, como uma realidade meramente continental”, declarou o parlamentar social-democrata, perante o secretário de Estado da Transição Digital. O seu desagrado face a este problema já havia sido denunciado aquando da aprovação por unanimidade de um parecer que tinha por objectivo pôr fim a este bloqueio geográfico.

Na sua intervenção na Assembleia da República, o deputado eleito pelo PSD-Madeira destacou a importância dos cabos submarinos para a Madeira e pediu “preços competitivos e acessíveis, tanto para as empresas como para os consumidores individuais”. Lembrou que a Região está a apostar na estratégia de digitalização e deu o exemplo do Plano de Recuperação e Resiliência, no qual “parte das verbas disponibilizadas serão canalizadas, precisamente, para a digitalização das empresas, do ensino e da administração regional”. “A verdade é que, na Região e a par do Centro Internacional de Negócios, temos assistido ao surgimento de muitas empresas na área tecnológica e tem crescido o número dos trabalhadores nómadas digitais, o que nos obriga a estarmos cada vez mais bem preparados e a sermos ainda mais competitivos nesta matéria e é também por isso que exclusões como a que está aqui em causa não fazem qualquer sentido”, rematou Paulo Neves.