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Wall Street começa semana com recordes consecutivos do Dow Jones e S&P500

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A bolsa nova-iorquina começou a semana como acabou a anterior: com recordes entre os seus índices mais emblemáticos, enquanto prossegue o otimismo com a recuperação económica dos efeitos da pandemia nos EUA.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 0,53%, para as 32.953,46 unidades, enquanto o alargado S&P500 subiu 0,65%, para as 3.968,93.

Mais forte, de 1,05%, foi a subida do tecnológico Nasdaq, que acabou nos 13.459,71 pontos.

O de hoje foi o quarto recorde consecutivo do Dow Jones e o terceiro do S&P500, enquanto o Nasdaq ainda está algo distante dos 14.100 pontos que registou em meados de fevereiro.

A praça nova-iorquina tem estado a acumular ganhos, em contexto de grande otimismo, resultante da aprovação do pacote de medidas de apoios e estímulos económicos apresentado pelo presidente Joe Biden, do qual já começou a chegar dinheiro às pessoas.

Entretanto, a rentabilidade da obrigação do Tesouro a 10 anos estabilizou-se em torno de 1,6%, com os investidores a aguardarem a reunião sobre política monetária que a Reserva Federal (Fed) realiza na quarta e quinta-feira.

A visão do banco central dos EUA sobre a economia e as taxas de juro vai ser "essencial para que os mercados fiquem ainda mais bem informados sobre o que a Fed esta a fazer", comentou Carsten Brzeski, analista do ING Groep.

A subida das taxas de juro é uma preocupação central entre os investidores, depois do acentuado crescimento ocorrido no último dos rendimentos obrigacionistas. Porém, na opinião do principal estratega do BMO Wealth Management, Yung-Yu Ma, as taxas ainda não estão em níveis preocupantes e tanto o mercado obrigacionista como o acionista podem suportá-las facilmente.

"No fim, a questão acaba por ser o quão bem os investidores podem digerir e manter o rumo com base na ideia de que estes aumentos são temporários, bem como aceitarem a ideia de que temporário pode querer dizer três ou quatro meses", relativizou.

As expectativas do regresso do crescimento económico geraram algum receio pelo aumento da inflação, que, a ocorrer, a Fed já considerou ser algo apenas temporal, e levaram os investidores a adaptar as suas carteiras de investimento.

Neste sentido, entre as empresas que estiveram a subir encontram-se aquelas que devem ser das primeiras beneficiadas com o aumento do consumo, como as transportadoras aéreas -- a United Airlines avançou 8,26% -- e retalhistas, entre os quais a Macy's, que progrediu 10,84%.