“É uma questão de oferta e procura”. É desta forma que a presidente da TAP responde à questão relacionada com os preços das viagens entre a Madeira e Portugal continental.

Christine Ourmières-Widener foi questionada pelo deputado Brício Araújo sobre os preços praticados. A presidente admite que os preços são elevados, mas que tudo depende da procura. Admitiu que “não pode intervir”, pese embora diga estar mais atenta do que no passado.

Brício Araújo, deputado do PSD, voltou a questionar se falamos unicamente de uma questão comercial.

A presidente da TAP disse que “mesmo em tempos difíceis, a TAP sempre esteve presente” e está ciente da sua responsabilidade por ser uma companhia nacional. Mesmo durante a pandemia, manteve as ligações com a Região.

O deputado social-democrata tornou a questionar sobre os ideias da companhia, sendo que Christine Ourmières-Widener voltou a explicar que a TAP encara a Madeira com importância, mas reafirma que tem de ter em atenção a parte comercial, uma vez que a companhia aérea está numa situação financeira complicada.

Todavia, voltou a frisar que durante o Natal será reforçada a oferta de ligações para a Madeira.

O social-democrata afirmou ainda ser necessário reforçar que “a Madeira é Portugal”, pelo que o Estado tem obrigação de garantir a continuidade territorial. “O Estado não se pode demitir das obrigações que tem”, disse Brício Araújo, lembrando que o interesse nacional foi evocado para a privatização da TAP. Por isso, questionou directamente quais as orientações do Estado, o maior acionista, em relação à Madeira.

Christine Ourmières-Widener admitiu que, no próximo ano, serão realizados 8 voos entre a Madeira e Lisboa durante a época natalícia. Em 2022 deverão ser realizados 7 voos por dia, mais um do que este ano, pelo que tem mantido uma alta frequência de voos. “Apesar da capacidade de Inverno estar a 80% temos mantido o mesmo nível de voos. A Madeira é para a TAP um destino especial e por isso estou aqui hoje”, referiu. A presidente disse ainda não subestimar o destino.

“Esta ligação é uma prioridade”, assumiu.