Orçamento do Estado País

Pedro Nuno Santos sozinho à conversa com bancadas à esquerda antes do debate

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TIAGO PETINGA/LUSA

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, foi hoje o primeiro governante a cruzar os passos perdidos do parlamento e, sozinho e antes do restante executivo, entrou no plenário, dirigindo-se às bancadas da esquerda.

O ministro cumprimentou primeiro o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e os líderes parlamentares do PCP e do BE, João Oliveira e Pedro Filipe Soares, respetivamente, seguindo-se a líder do BE, Catarina Martins que tinha entrado, entretanto, no plenário, para o primeiro dia de debate da proposta de Orçamento do Estado para 2022 na generalidade.

Pedro Nuno Santos esteve durante alguns minutos em conversa com os dois partidos, seguindo a sessão de cumprimentos informais com o PEV, outro partido que ajudou a viabilizar os orçamentos PS em anos anteriores, e por fim, dirigindo-se à bancada do seu partido.

O ministro chegou mesmo a percorrer as várias filas da bancada socialista e acabou por se sentar, por breves momentos, na última fila.

No momento em que os restantes membros do Governo, incluindo o primeiro-ministro, António Costa, entraram no plenário, Pedro Nuno Santos dirigiu-se a uma das portas e juntou-se à restante comitiva governamental para se sentar no lugar que lhe cabe na bancada do Governo, do lado mais próximo dos partidos da esquerda, como habitualmente nesta legislatura.

O debate orçamental começou hoje com uma intervenção do primeiro-ministro, António Costa, que afirmou que "nada justifica pôr fim à solução política iniciada em 2016".

O PCP, o BE e o PEV anunciaram o voto contra a proposta orçamental. A confirmar-se o sentido de voto, na quarta-feira, o documento será chumbado.