O número de crimes participados às autoridades policiais baixaram 9%, fixando-se em 6.039, em 2020, ano marcado pela pandemia, seguindo os dados da Direcção Regional de Estatística (DREM), divulgados esta terça-feira.

Os crimes com maior importância relativamente ao total de crimes registados – ‘crimes contra pessoas’, onde se incluem os furtos e roubos, e ‘crimes contra o património’ (assaltos a residências e estabelecimentos) – apresentaram valores de 2,4 e 2,2 mil, respectivamente, representando no seu conjunto 76,5% do total (76,8% em 2019).

Comparativamente a 2019, os ‘crimes contra o património’ diminuíram 13,8%, enquanto os ‘crimes contra pessoas’ decresceram 4,7%.

Quase metade dos crimes aconteceram no Funchal, segue-se Câmara de Lobos

Por município, os resultados indicam que praticamente metade dos crimes registados na Região, em 2020, ocorreram no Funchal (2,9 mil crimes, 47,8% do total), seguido dos municípios de Câmara de Lobos (950 crimes, 15,7%), Santa Cruz (689 crimes, 11,4%) e Machico (434 crimes, 7,2%).

Taxa de criminalidade inferiro aos Açores e à média nacional

Em 2020, a taxa de criminalidade – que corresponde ao rácio do número de crimes pela população residente (em milhares) – situou-se em 23,8‰, inferior à registada em 2019 (26,1‰).

Esta taxa foi substancialmente inferior à média nacional (29,0‰) e ao valor registado na Região Autónoma dos Açores (38,2‰).

Assaltos a estabelecimentos e casas e agressões em alta

Na Região, as taxas mais elevadas foram observadas nos “crimes contra o património” (8,8‰) e nos “crimes contra a integridade física” (6,1‰).

Por município, a taxa mais baixa foi observada em Santana (12,5‰) e a mais elevada no Porto Santo (30,6‰).

Para além deste último município, a Ribeira Brava (28,9‰), Câmara de Lobos (28,2‰), Funchal (27,8‰) e Porto Moniz (26,4‰)  apresentaram taxas superiores à média regional.