Madeira

Prometida sidraria em São Roque do Faial será realidade em 2022

Unidade já instalada nos Prazeres entrará em breve em funcionamento

None

O Governo Regional vai criar, no próximo ano, a desejada e prometida sidraria na freguesia de São Roque do Faial, concelho de Santana. Garantia dada hoje pelo presidente do Governo Regional, durante a visita realizada à Sidraria de Santo António da Serra, em Machico, inaugurada em Janeiro de 2020, na sequência de um investimento de 183 mil euros.

Oportunidade para assegurar que em breve entrará em actividade a nova sidraria instalada na freguesia dos Prazeres, concelho da Calheta.

“Vamos abrir uma agora, que está pronta, que é a dos Prazeres, para apanharmos os produtores sobretudo da zona oeste e designadamente da Ponta do Pargo e os Prazeres, que têm uma grande tradição na produção”, disse. Para 2022 fica o compromisso de criar a outra sidraria para completar a cobertura das áreas de maior produção de maçãs/pêros. “Vamos fazer a de São Roque do Faial para o ano”, confirmou.

A ideia é “facilitar a confluência dos produtores e haver alguma proximidade” às maiores áreas de produção, até porque, apesar da “maquinaria moderna”, admitiu estes “não são investimentos muito avultados”, tendo em conta os menos de 200 mil euros investidos na unidade de Santo António da Serra.

Reafirma que o objectivo desta aposta é também “irmos melhorando substancialmente a qualidade” das sidras. Para tal, conta com o apoio do departamento da Universidade da Madeira ligado à Química e à Biologia “para ajudar a melhorar a qualidade do produto” com as “características muito peculiares” da sidra da Madeira.

Outra razão do investimento do Governo Regional em sidrarias foi querer aproveitar a produção regional de maçãs e pêros para retomar a tradição da produção de sidra na Madeira.

Com as “sidrarias devidamente e tecnicamente habilitadas” diz estarem reunidas as condições para produzir “um bom produto”, sempre na perspectiva de procurar melhorar a qualidade do mesmo. Sidrarias criadas para que os pequenos produtores possam produzir, engarrafar e rotular as suas sidras. Neste processo, destacou o “trabalho a montante que foi a certificação da Sidra Regional que já está registada”, e foi com agrado que constatou que “os produtores têm aderido”. De acordo com os números mais recentes da produção na sidraria hoje visitada,

“já processamos cerca de 60 toneladas de peros e maçãs e já estamos a produzir cerca de 35 mil litros de sidra”, apontou.

“Temos que produzir uma sidra diferente. Não vamos fazer uma sidra como se vende na Europa com os grandes produtores. Uma sidra específica, feita com os nossos produtos, com certificação de qualidade e com todas as condições de higiene”, concretizou.