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Brasil soma 373 mortes e aproxima-se de 605 mil óbitos

Foto: EPA/Antonio Lacerda
Foto: EPA/Antonio Lacerda

O Brasil registou 373 mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas e aproxima-se dos 605 mil óbitos (604.228) desde o início da pandemia, informou hoje o Ministério da Saúde brasieliro.

Em relação ao número de infeções, a nação sul-americana, com 213 milhões de habitantes, totaliza 21.680.488 casos positivos, sendo que, desse total, 15.609 foram registados entre terça-feira e hoje.

A taxa de incidência da covid-19 no Brasil é agora de 288 mortes e 10.317 casos por 100 mil habitantes, num momento em que as médias diárias de óbitos e infeções estão no nível mais baixo desde o final de 2020.

A queda consistente registada nos último meses no Brasil nos vários indicadores da pandemia é atribuída pelos especialistas aos avanços na campanha de vacinação.

Segundo o Ministério da Saúde, mais de 151,9 milhões de brasileiros receberam a primeira dose de alguma das vacinas contra a doença e 108 milhões completaram o esquema vacinal.

Em números absolutos, o Brasil continua a ser o segundo país do mundo com mais mortes, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais casos confirmados, antecedido pelos norte-americanos pela Índia.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que ao longo de seis meses investigou alegadas falhas e omissões do Governo brasileiro na gestão da covid-19, apresentou hoje o seu relatório final, em que pediu o indiciamento de Jair Bolsonaro por nove crimes.

No total, 66 pessoas, incluindo deputados, empresários, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga e três filhos do chefe de Estado, foram acusadas de crimes durante a pandemia, e ainda duas empresas: a Precisa Medicamentos e a VTCLog.

A Bolsonaro foram atribuídos os crimes de prevaricação; charlatanismo; epidemia com resultado morte; infração a medidas sanitárias preventivas; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade.

Na véspera da apresentação do texto, foram retiradas as acusações relativas aos crimes de homicídio qualificado e genocídio contra indígenas. As propostas não receberam apoio de outros membros do comando da comissão e havia dúvidas quanto à caracterização das condutas.

"Essa comissão colheu elementos de prova que demonstraram sobejamente que o Governo federal foi omisso e optou por agir de forma não técnica e desidiosa no combate à pandemia, expondo deliberadamente a população a risco concreto de infeção em massa", disse o relator da CPI, Renan Calheiros, ao ler o relatório final.

"Comprovaram-se a existência de um gabinete paralelo, a intenção de imunizar a população por meio da contaminação natural, a priorização de um tratamento precoce sem amparo científico, o desestímulo ao uso de medidas não farmacológicas. Paralelamente, houve deliberado atraso na aquisição de imunizantes, em evidente descaso com a vida das pessoas", acusou o senador.

Face às acusações contra si, Bolsonaro garantiu que ele e o seu Governo não têm culpa de "absolutamente nada" em relação ao agravamento da pandemia no país.

Além de Bolsonaro, a maioria dos acusados também negou as acusações e apontou motivações políticas no relatório.

O documento apresentado hoje pela CPI deverá ser votado na próxima semana

A covid-19 provocou pelo menos 4.910.200 mortes em todo o mundo, entre mais de 241,48 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.