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"Ainda é cedo para dizer qual é o resultado final", diz Marcelo

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O Presidente da República e recandidato ao cargo, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje que "ainda é cedo para dizer qual é o resultado final" destas eleições presidenciais, porque faltam apurar freguesias com muitos eleitores.

Marcelo Rebelo de Sousa voltou hoje a falar aos jornalistas à porta da sua residência, em Cascais, no distrito de Lisboa, onde está a acompanhar o apuramento dos resultados, antes de discursar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, instituição na qual foi aluno e professor.

Apesar de as projeções divulgadas pelas televisões apontarem para a sua reeleição à primeira volta e de estar à frente na contagem dos votos, o candidato presidencial afirmou, cerca das 21:15, que "ainda é cedo para dizer qual é o resultado final", tendo em conta "os resultados apurados" até ao momento.

"Há uma margem muito grande relativamente à votação no candidato teoricamente mais escolhido, vai de 50 e poucos por cento até 60 e poucos por cento", referiu, apontando também uma "indefinição em relação aos outros candidatos".

"Uma coisa é certa, com este tempo e com a pandemia, há que agradecer aos portugueses, que realmente votaram", reiterou o chefe de Estado, que se recandidatou ao cargo com apoio formal de PSD e CDS-PP.

Segundo o professor catedrático de direito, esta noite eleitoral deverá ter "um fim um pouco mais tardio do aquilo que se imaginava", porque há candidatos porque "querem esperar para os resultados finais" e "tencionam falar mais tarde".

Na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, sem convidados nem apoiantes, ao contrário de há cinco anos, uma dúzia de câmaras de televisão ocupam a frente do átrio, voltadas para a escadaria no cimo da qual Marcelo Rebelo de Sousa irá discursar, tendo como cenário cinco bandeiras nacionais.

A maior parte do espaço, contudo, está ocupada por cerca de 20 mesas, dispostas a uma distância de aproximadamente dois metros umas das outras, para jornalistas e técnicos.

No total, vão estar neste átrio de entrada na faculdade perto de 50 elementos da comunicação social.

Questionado se fica frustrado por não atingir o resultado com que Mário Soares foi reeleito em 1991, com 70,35% dos votos expressos, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a dizer que o fundador do PS e antigo Presidente da República "é irrepetível na democracia portuguesa" e que por isso "frustradíssimo ninguém poderia sentir-se".

"Teve o apoio dos dois maiores partidos, um dos quais valia 50% na altura, o PSD", realçou.

"E depois, pandemia", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa, assinalando a conjuntura excecional em que estas eleições presidenciais decorreram.

Relativamente ao valor abstenção, observou: "Pode ficar mais elevado do que se pensava. Vamos esperar para ver, porque falta ainda apurar as freguesias mais importantes em termos numéricos".

O Presidente da República e recandidato insistiu que "há que pensar no voto por correspondência e no voto postal para os emigrantes".

Nestas eleições presidenciais, Marcelo Rebelo de Sousa teve como adversários Ana Gomes (apoiada por PAN e Livre), Marisa Matias (BE), João Ferreira (PCP e PEV), André Ventura (Chega), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal) e Vitorino Silva.

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