Desporto

"O bom da derrota é que ela não é eterna"

Milton Mendes, treinador do Marítimo, após a derrota (3-0) em casa frente ao Paços de Ferreira

Foto Aspress
Foto Aspress

Em declarações no final do encontro Marítimo-Paços de Ferreira (0-3), da 15.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, o treinador da equipa visitada e derrotada reagiu reconhecendo os erros, o azar dos ressaltos e dos momentos dos golos sofridos, mas também apontou a algum optimismo, relativizando os três pontos perdidos para o adversário.

Milton Mendes (treinador do Marítimo) em discurso directo: "No primeiro tempo, tivemos excelentes momentos e, depois, num lance de ressalto de bola, eles fizeram o primeiro golo. Continuámos com a nossa forma de jogar, construímos algumas situações, mas não concretizámos. No segundo tempo, mudámos a estratégia e levámos um golo logo no início, o que nos deixou com algumas dificuldades e desconcentrou a equipa. Sabemos que cometemos alguns erros que temos de corrigir, mas vamos continuar a nossa luta. Na quarta-feira, já temos mais um jogo. O bom da derrota é que ela não é eterna."

O treinador brasileiro que conseguiu recuperar a equipa dos últimos lugares da tabela para uma classificação mais tranquila a esta altura, disse ainda mais; "Não esperávamos perder este jogo, muito menos com este resultado, mas sabemos que esta equipa, com os mesmos jogadores, já conseguiu subir muitos lugares na tabela. A nossa equipa esteve sempre muito equilibrada, mas o segundo golo é lógico que nos deixou um pouco atordoados."

Já o treinador visitante e vencedor, Pepa, disse: "Não gosto de falar de troca de treinadores, mas é verdade que o Marítimo tem estado muito bem e, hoje também esteve bem até uma determinada altura do jogo. Criou-nos dificuldades. É complicado anular a largura que o Marítimo tem no jogo, com os dois laterais muito subidos. A bola está constantemente descoberta, um pouco à imagem do Belenenses SAD, mas aqui com a variante de jogarem com dois pontas e um médio ofensivo entre linhas."

Depois do elogio ao adversário vencido, o treinador do Paços de Ferreira analisou o desempenho dos seus jogadores. "A nossa equipa dentro de campo não se desorganiza, porque sabe que há momentos no jogo em que não temos bola e, quando não temos bola, temos de estar juntos e muito concentrados. Isso tem-se refletido. Para mim, é surreal estar há quatro jogos sem sofrer golos. Dá muito trabalho, mas, acima de tudo, o grupo procura isso porque sabemos que, ao não sofrer, estamos sempre mais próximos de ganhar os jogos."

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