Coronavírus Madeira

“O governo esteve bem em tomar as medidas que tomou”

Reacção de Ricardo Nascimento, presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava

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foto DR

“Com o número de casos que estamos a ter diariamente na Região devíamos tomar medidas mais apertadas e aí o governo esteve bem em tomar as medidas que tomou”, considera Ricardo Nascimento, o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava, um dos concelhos de risco elevado da Covid-19.

O autarca ‘independente’ está por isso de acordo com o conjunto de novas medidas ontem anunciadas e destinadas a manter o controlo da propagação da doença na Região

“É normal que o governo tenha tomado novas medidas tendo em conta a situação porque todos os dias estamos a ver entre 80 a 100 novos casos, na maioria deles por transmissão local, já que os casos importados agora são muito reduzidos”, constata. “Obviamente que as medidas vieram de encontro para evitar ajuntamentos e ter pessoas na rua onde o governo considera ser mais passível de haver contágios. Daí o facto de decidir fechar a partir das 18 horas e ao fim-de-semana uma hora mais cedo, obviamente para evitar os contactos”, destaca. Para Ricardo Nascimento, face à recente evolução da pandemia na Madeira e Porto Santo, faz todo o sentido as medidas agora adoptadas de modo a poder concretizar o objectivo de reduzir os fluxos de circulação e concentração de pessoas. “É um esforço que vamos ter que ter para tentar baixar este número de contágios e para ver se voltamos a ter, conjuntamente com isto e com a aplicação da vacina aos poucos, para ver se começamos a ter alguma vida quase normal”, deseja.

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Rúben Santos , 11 Janeiro 2021 - 17:10

O autarca, que é também o presidente da Associação de Municípios da Região Autónoma da Madeira, reconhece que impor mais restrições não são decisões fáceis de tomar e obrigam a muita ponderação.

“O governo tem uma ‘balança com dois pratos’. De um lado a economia, do outro lado a saúde. Obviamente que estas questões é preciso ponderar muito bem. No caso da economia, nós sabemos que o mês de Janeiro é um mês que as coisas funcionam a meio gás. Penso que talvez o impacto destas medidas neste mês de Janeiro não será tão grave caso fosse noutros meses”, considera, reforçando assim a ideia que os inevitáveis constrangimentos são afinal de contas o mal menor de toda a equação.

“Ao tomar estas medidas devem ter feito as ponderações necessárias”, reforça.

No caso específico do seu concelho, Ricardo Nascimento lembra que “tivemos naqueles dias junto do Natal algumas transmissões locais entre famílias numerosas. Depois disso temos andado agora com uma média de 4 a 5 casos diários, mas tenho a esperança que neste futuro próximo isto vai melhorar, até porque com as novas medidas a probabilidade de haver menos contágio é maior”, sublinha.

De resto, reforça o apelo à responsabilidade de cada um.

“As questões do covid, por mais que o governo tome medidas, por mais que a câmara tome também as suas medidas - e já tomamos algumas -, cada pessoa tem de ter na sua mente que pode ser um elo de transmissão do covid. Importa por isso cada um ter o seu cuidado no dia-a-dia. Se eu chegar a um sítio que esteja muitas pessoas, opto por já não entrar. Cada um tem de tomar cuidado nos seus comportamentos porque caso contrário, por mais medidas que haja, nunca mais chegamos lá”, conclui.

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