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Venezuela pede na ONU o fim das sanções para fortalecer o combate ao coronavírus

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Foto EPA

O Presidente Nicolás Maduro, pediu hoje, na ONU, que cessem as sanções internacionais contra a Venezuela, para fortalecer o combate à covid-19 no seu país, sublinhando que as restrições ocasionaram perdas superiores a 33,6 mil milhões de euros.

"É hora de as grandes potências cederem e suspenderem essas sanções criminais que minam os esforços locais para combater a covid-19 (...) mais ainda se temos em conta a sua ilegal aplicação", disse.

Nicolás Maduro falava de maneira virtual na 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidos, durante a qual explicou que a Venezuela tem tido complicações para aceder à compra de medicamentos para combater a covid-19.

"Condeno que alguns países poderosos, do Norte, concebam a pandemia como uma oportunidade adicional de impor os seus interesses hegemónicos, mediante o recrudescimento de medidas coercitivas unilaterais", disse.

Maduro explicou que a Venezuela "perdeu 40 mil milhões de dólares [33,6 mil milhões de euros], que são património do povo [venezuelano] em bancos dos Estados Unidos e da Europa e está impedida de aceder às contas".

No entanto, segundo Nicolás Maduro, a Venezuela tem respondido de maneira eficiente contra a pandemia.

"Temos 100 mil casos positivos, dos quais 95% se recuperaram com sucesso, pouco menos de 900 mortes. A mortalidade é de 0,87%, uma das mais baixas da região e do mundo. Graças ao atendimento hospitalar, mais de 98% das pessoas já foram atendidas, tratadas gratuitamente com todos os medicamentos", frisou.

O chefe de Estado explicou ainda que a Venezuela buscará alianças internacionais para a produção em massa da molécula DR10 (estudada por científicos venezuelanos e que tem aparentes propriedades curativas contra o coronavírus), se for avalizada pela ONU e pela Organização Mundial de Saúde.

Na Venezuela estão confirmados 103.067 casos de coronavírus e 905 mortes associadas à covid-19. Entretanto, 98.030 pessoas recuperaram da doença.

O país está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar "decisões drásticas" para combater a pandemia.

Em 30 de novembro último a Venezuela iniciou uma flexibilização, que durará durante dezembro, da quarentena decretada devido à covid-19, permitindo a abertura geral, durante a quadra do natal, do comércio e dos distintos setores económicos, mas com medidas de segurança para evitar a propagação do novo coronavírus.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.500.038 mortos resultantes de mais de 64,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 4.724 pessoas dos 307.618 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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